FORA DE CIRCULAÇÃO

Com maconha no topo, apreensões de drogas disparam 51% em Minas

Raquel Gontijo
raquel.maria@hojeemdia.com.br
Publicado em 24/07/2023 às 07:00.
 (Editoria de Arte)

(Editoria de Arte)

As apreensões de drogas dispararam 51% em Minas, com a maconha no topo dos flagrantes. Segundo as forças de segurança, o aumento mostra que o combate ao crime têm dado resultado. Por outro lado, a atuação dos bandidos ainda segue no Estado, o que reforça o alerta de ações principalmente nas estradas.

De janeiro a maio deste ano, 38 mil ocorrências relacionadas à venda de entorpecentes foram registradas no território mineiro. No mesmo período do ano passado foram 25 mil, conforme levantamento fornecido pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).

O relatório aponta ainda que a média mensal de apreensões em 2023 é maior do que de todos os anos anteriores, desde 2019.

 Somente este ano, a Polícia Militar Rodoviária (PMRv) recolheu 21 toneladas de maconha, um recorde na história da corporação. A droga produzida a partir das plantas cannabis também foi a com maior volume apreendido pela Polícia Civil (PC) e o Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico (Denarc), com duas toneladas em apenas uma operação.

No fim do mês passado, na rodovia BR-267, próximo a Juiz de Fora, na Zona da Mata, um veículo tombou e espalhou a carga que continha 1.080 barras de maconha. “No setor rodoviário as apreensões são em maior quantidade, já que o transporte é feito em caminhões e carretas. Já nos centros urbanos a atuação é mais de combate ao tráfico e organizações”, explica o tenente Lucas Coutinho, chefe da Sala de Imprensa da PM.

Além da maconha, cocaína, ecstasy, haxixe e crack estão entre as que mais circulam em Minas, reforça Coutinho. De acordo com o tenente, os setores de inteligência das corporações se qualificam cada vez mais para descobrir a rota dos traficantes e combater o crime. 

Além da atuação nas rodovias que cortam o Estado, o trabalho se estende também pelos centros urbanos. “Ao longo dos anos a PMMG tem aprimorado as estratégias de combate ao tráfico de drogas, mas no ano passado houve um intenso treinamento de diversas tropas para identificarem qualquer situação ou suspeito de tráfico de drogas”, revela o militar.

O oficial conta que nas cidades o trabalho contra o tráfico é feito por grupos especializados em operações táticas, como o Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas (Rotam) e as Rondas Ostensivas com Cães (Rocca) que, segundo ele, também têm evoluído.

Para o militar, outro ponto positivo em relação ao combate ao tráfico de drogas é a atuação contra a criminalidade em geral. “Quando prendemos criminosos e apreendemos os entorpecentes, isso enfraquece outros crimes relacionados com o tráfico de drogas, como roubos e homicídios. O combate ao tráfico de drogas é um trabalho de salvar vidas, inclusive de jovens que se envolvem com a criminalidade desde cedo. Então é um trabalho que dificulta os “negócios” dos criminosos”, destaca o militar.

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