homocídio qualificado

Começa interrogatório do delegado da Polícia Civil acusado de matar motorista de reboque em BH

Da Redação
Portal@hojeemdia.com.br
29/11/2022 às 19:22.
Atualizado em 29/11/2022 às 19:31
 (Maurício Vieira / Hoje em Dia )

(Maurício Vieira / Hoje em Dia )

Começou a ser ouvido em interrogatório, no início da noite desta terça-feira (29), o delegado da Polícia Civil acusado de matar um motorista de caminhão reboque em julho deste ano, em BH. Segundo informações do Fórum Lafayette, a defesa do policial começou fazendo a exibição de algumas imagens.

Rafael de Souza Horácio, suspeito de matar o motorista Anderson Cândido de Melo, está preso desde 30 de julho. Segundo as investigações, ele se envolveu em uma briga de trânsito, na avenida do Contorno, uma das mais movimentadas da região Central de BH, em 26 de julho.

O resultado da perícia do Instituto de Criminalística da Polícia Civil comprovou que o motorista do caminhão reboque Anderson Cândido Melo, ao contrário do que declarou o delegado, inicialmente em seu depoimento, não acelerou o veículo em direção a Rafael Horácio, antes de receber o tiro fatal.

O laudo divulgado contestou a versão do policial de que atirou em legítima defesa, depois que Anderson teria "jogado" o caminhão contra ele.

O delegado chegou a se apresentar espontaneamente na delegacia, mas foi preso apenas quatro dias depois do assassinato e indiciado por homicídio qualificado pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil. Ele teve três pedidos de habeas corpus negados. A reconstituição do crime foi no último dia 20.

Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a decisão de manter a prisão do policial se deu porque "o crime de homicídio é causador de temeridade no seio da sociedade, não podendo o Poder Judiciário fechar os olhos a esta realidade".

O Ministério Público se manifestou contra o pedido de liberdade provisória, alegando que  foi a própria defesa do delegado que solicitou que o policial fosse interrogado pela Justiça após a reconstituição do crime.

A juíza Bárbara Heliodora Quaresma Bomfim, sumariante do 1o. Tribunal do Júri de Belo Horizonte, havia negado, no último dia 21, mais um pedido de revogação da prisão preventiva do policial. 

A magistrada entendeu que, após a instrução parcial do processo, não houve fatos novos “capazes de alterar as razões que embasaram a decretação da prisão preventiva do acusado e permitissem a revogação de sua segregação cautelar”. Por isso, indeferiu o pedido de revogação da prisão preventiva.

Ao todo, seis testemunhas de defesa e oito de acusação já foram ouvidas nos dois dias de oitivas, realizadas no início do mês.

A defesa do acusado argumentou que ele está preso há mais de 100 dias e que todas as testemunhas foram ouvidas, nas alegações de excesso de prazo para finalizar a instrução criminal.

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