'Consumidor está exposto a riscos'; Procon orienta devolver lotes de cerveja com substância tóxica

Rosiane Cunha
rmcunha@hojeemdia.com.br
10/01/2020 às 06:00.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:14
 (Polícia Civil/Divulgação)

(Polícia Civil/Divulgação)

Diante do risco de novas contaminações, pessoas que tenham comprado a cerveja Belorizontina, dos lotes “L1 1348” e “L2 1348”, e ainda tenham a bebida em casa, devem ficar atentas, não consumir e devolver o produto. O alerta é do Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), após laudo da Polícia Civil apontar a presença de substâncias tóxicas em cervejas da empresa mineira Backer.

“Essa situação é grave. Os consumidores estão expostos a riscos. Aqueles que têm cervejas desses lotes em suas residências não devem consumi-las e, se possível, disponibilizá-las às autoridades”, orientou.

Segundo o órgão, o produto pode estar associado aos problemas de intoxicação registrados em Belo Horizonte. De acordo com o promotor de Justiça e coordenador do Procon-MG, Amauri da Matta, os órgãos de defesa estão acompanhando as investigações.

Pelo menos oito homens foram internados. Entre eles, Paschoal Dermatini Filho, de 55 anos, que morreu em Juiz de Fora, na Zona da Mata,  após apresentar sintomas de insuficiência renal e alterações neurológicas. Um nono caso foi descartado.

Cautela

Mesmo diante dos exames, o promotor foi cauteloso quanto à responsabilidade da Backer. “Não há, em hipótese alguma, nenhuma informação de que a empresa tenha tido a intenção ou seja responsável por isso”, frisou o promotor.Polícia Civil/Divulgação 

O Procon-MG fica na rua dos Goitacazes, 1202, no Centro de Belo Horizonte. O telefone é (31) 3250-5010.

Já o Procon-BH funciona no BH Resolve, na rua dos Caetés, 342, no Centro, e em outros endereços que podem ser consultados no site. O telefone é o (31) 3277-1687.

Após a divulgação do laudo da Polícia Civil, a Backer informou que irá recolher os lotes contaminados. Confira a nota da Backer na íntegra 
 
"Após entrevista coletiva, a Polícia Civil divulgou laudo informando que a substância dietilenoglicol foi identificada em duas amostras recolhidas da cerveja Belorizontina na casa de clientes, que vieram a desenvolver os sintomas. Vale ressaltar que essa substância não faz parte do processo de produção da cerveja Belorizontina, fabricada pela Cervejaria Backer. 

Por precaução, os lotes em questão - L1 1348 e L2 1348 - citados pela Polícia Civil, e recolhidos na residência dos consumidores citados, serão retirados imediatamente de circulação, caso ainda haja algum remanescente no mercado. A Cervejaria Backer continua à disposição das autoridades para contribuir com a investigação e tem total interesse que as causas sejam apuradas, até a conclusão dos laudos e investigação".

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