A vacina CoronaVac, imunizante contra a Covid-19 da farmacêutica chinesa Sinovac e desenvolvida em parceria com Butantan, registrou 50,38% de eficácia geral nos testes realizados no Brasil. A informação foi confirmada pelo próprio instituto, em uma coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira (12), em São Paulo.
O dado foi informado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no pedido de registro emergencial e atinge o mínimo de 50%, recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela própria agência.
A taxa de eficácia aponta a capacidade da vacina em proteger todos os casos, sejam leves, moderados ou graves. “Ela tem todos os requisitos que justificam o seu uso emergencial. Temos hoje, talvez, uma das melhores vacinas do mundo”, disse o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.
Em 7 de janeiro, o instituto havia anunciado o registro de eficácia de 78%, na prevenção de casos leves e moderados, nos testes clínicos feitos no Brasil. Além disso, o imunizante garantiu 100% de proteção contra mortes, casos graves e internações nos voluntários vacinados que foram infectados pela doença. Os números, no entanto, referem-se a um recorte do estudo.
Ao todo, a vacina foi testada em sete estados (incluindo Minas) e no Distrito Federal, com 13 mil voluntários, desde julho de 2020. Os resultados deveriam ter sido divulgados em 23 de dezembro, mas foram informados somente nesta quinta.
Plano de Imunização
Também no último dia 7, o Instituto Butantan confirmou que assinou um contrato com o Ministério da Saúde para a aquisição da CoronaVac. O documento prevê o fornecimento de 46 milhões de doses, divididas em quatro lotes, que serão entregues até 30 de abril. Há, ainda, a possibilidade de o governo federal adquirir outros 54 milhões de imunizantes.
Cada dose da vacina custará R$ 58,20 aos cofres brasileiros e o valor total do negócio é de R$ 2,6 bilhões. O pagamento será realizado após a obtenção do registro ou autorização para uso emergencial junto à Anvisa.