
Fãs, amigos e familiares poderão se despedir do cantor e compositor mineiro Lô Borges nesta terça-feira (4), em Belo Horizonte. O velório do ícone da Música Popular Brasileira (MPB) será realizado no Palácio das Artes, no Centro da capital, das 9h às 15h, aberto ao público.
Lô Borges morreu no domingo (2), após ficar internado por 15 dias, tratando uma intoxicação medicamentosa. Dias depois, o cantor e compositor precisou ser submetido à ventilação mecânica, seguido de uma traqueostomia.
Trajetória de Lô Borges
Lô Borges começou na música ainda na infância, influenciado por uma família numerosa. Ele aprendeu a tocar violão, formou bandas na adolescência com seus irmãos e se reunia em esquinas do bairro Santa Tereza, região Leste de BH e coração do MPB mineiro, para tocar e ouvir música com amigos, como Milton Nascimento.
Essa interação entre amigos, bares e música, combinada com o aprendizado teórico da Bossa Nova e a inspiração nos Beatles, moldou o estilo que mais tarde o levaria ao projeto "Clube da Esquina".
Considerado um dos maiores e mais importantes discos da música brasileira, o álbum “Clube da Esquina” foi lançado em 1972 por Lô Borges, em parceria com Milton Nascimento. Canções como "Um Girassol da Cor do Seu Cabelo" e "Clube da Esquina nº 2" são frutos dessa parceria.
No mesmo ano, Lô lança seu primeiro álbum solo, auto intitulado “Lô Borges”. O disco ficou popularmente conhecido como o “Disco do Tênis”, por conta da foto de seu tênis na capa.
O repertório de Lô conta com grandes sucessos da MPB, como “O Trem Azul”, "Paisagem da Janela", "Cravo e Canela", "Um girassol da cor do seu cabelo” e “Tudo Que Você Podia Ser”.
O artista teve ainda composições gravadas por grandes nomes da música brasileira, como Tom Jobim, Elis Regina, Milton Nascimento, Flávio Venturini, Beto Guedes, 14 Bis, Skank e Nando Reis.
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