
O Instituto Datafolha vai divulgar nesta sexta-feira (7), por volta das 17h, a primeira pesquisa de intenções de voto no segundo turno da disputa presidencial. A previsão é de que o instituto entreviste presencialmente mais de 2,8 mil pessoas. A margem de erro é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
Esse será o primeiro levantamento divulgado após a polêmica pesquisa que antecedeu o pleito do último domingo (2). Isso porque o resultado das eleições no primeiro turno revelou divergências entre as pesquisas de intenções de voto e a apuração das urnas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A maior diferença foi notada nas eleições para a vaga no Palácio do Planalto. Ao fim da apuração, Lula (PT) teve 48,43%, enquanto Jair Bolsonaro (PL), 43,20%. Resultado diferente do apontado pelo Datafolha. Na véspera do pleito, o instituto indicava Lula com 50%.
O levantamento mostrava uma grande diferença em relação ao segundo colocado, o atual presidente, que aparecia com 36%. Pela margem de erro, poderia ter de 34% a 38%.
Após as divergências, a diretora do Datafolha, Luciana Chong, justificou que a discrepância entre o levantamento e o resultado pode estar nos eleitores que decidiram o voto de última hora, favorecendo a de Bolsonaro.
"Acreditamos que teve um movimento de decisão de última hora, especialmente de eleitores de Ciro, Simone Tebet, indecisos e os que poderiam votar branco e nulo, e esse movimento acabou sendo mais em favor de Bolsonaro. Por isso, ele ficou com um resultado maior do que a pesquisa tinha captado na véspera da eleição", disse, em entrevista à GloboNews.
Entretanto, ministros do governo Jair Bolsonaro, aliados no Congresso e apoiadores têm criticado os institutos de pesquisa pelas diferenças entre os dados. Na terça (4), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, afirmou ter encaminhado à Polícia Federal pedido para abrir inquérito sobre os institutos.