A advogada Aline Fernandes, que representa a família da menina Bárbara Vitória, de 10 anos, encontrada morta após sair para comprar pão no bairro Mantiqueira, em BH, afirmou que vai traçar uma investigação paralela a que está sendo feita pela Polícia Civil.

“A família não está conformada com o posicionamento da Polícia Civil e com o fato da instituição não ter realizado buscas após soltar o suspeito, que é o único suspeito e a última pessoa a ter contato com a vítima. A sacola dela foi localizada na casa dele, o filho dele o reconheceu em todas as imagens e disse que não tinha conhecimento que o pai foi comprar pão”, disse a advogada.

Durante o velório da criança, o pai dela, Rogério Rodrigues, afirmou que quer justiça, e espera que a polícia investigue todas as suspeitas. “Machucaram ela demais. Não tem cabimento fazer isso com uma criança de 10 anos. Eu só quero justiça”, disse.

No domingo (31), dia em que a garota desapareceu, câmeras de segurança filmaram a menina acompanhada de um homem de roupa preta. De acordo com a Polícia Militar, após solicitação dos familiares, na segunda-feira a corporação esteve na casa do suspeito. De início o homem alegou não ser ele nas imagens, mas após seu filho o reconhecer, ele mudou o discurso e confirmou.

Vídeo mostra Bárbara Vitória acompanhada de suspeito em Ribeirão das Neves (Reprodução / Redes Sociais)

O homem foi levado de forma espontânea para a delegacia da Polícia Civil para prestar esclarecimentos, mas foi liberado em seguida. Na casa dele, a PM encontrou uma sacola de pão parecida com a que Bárbara carregava no dia do desaparecimento.

A reportagem procurou a Polícia Civil para se pronunciar sobre o caso e aguarda retorno.

Buscas

Bárbara Vitória será enterrada nesta quarta-feira no Cemitério da Paz (Reprodução / Redes sociais)

Bárbara foi encontrada morta na manhã de terça-feira (2) atrás do gol de um campo de futebol no bairro Pedra Branca, em Ribeirão das Neves, na Grande BH.

Conforme declaração de óbito emitida pelo Instituto Médico Legal (IML), a causa da morte foi asfixia. Ainda no local, a Polícia Militar disse que ela apresentava sinais de estrangulamento.

O corpo foi encontrado com a camisa do Atlético, mesma que ela usava no dia do desaparecimento. Ela estava sem o short. A PC não informou se ela foi vítima de violência sexual.