
A Polícia Civil de Minas Gerais pede que a interdição do Ceresp Gameleira, na Região Oeste de Belo Horizonte, seja revista. A corporação informou, neste sábado (27), que as delegacias de Belo Horizonte estão sendo fortemente impactadas, depois da justiça proibir o presídio de receber novos detentos.
De acordo a Polícia Civil, as pessoas autuadas em flagrante estão permanecendo nas celas das delegacias, por não poderem ser transferidas para o Ceresp. “A PCMG reafirma o compromisso de prestar serviços de polícia judiciária de excelência e espera que a interdição do CERESP seja revista pelas autoridades competentes”, disse a Polícia, em nota.
Entenda
A Justiça determinou a suspensão da recepção de novos presos no Centro de Remanejamento Provisório (Ceresp), no bairro Gameleira, na região Oeste de Belo Horizonte, na última terça-feira (23).
A decisão, levada em conta a identificação de uma série de irregularidades, ordenou ainda a transferência, no prazo de cinco dias, de cerca de 373 detentos.
Conforme o juiz Daniel Dourado Pacheco, da 3ª Vara Criminal de Belo Horizonte, o Ceresp pode receber até 727 presos, porém, no momento, conta com mais de 1100 presidiários. O magistrado justifica que a medida se baseia na precariedade das instalações estruturais da unidade, além da superlotação e da ausência de serviços básicos como: atendimentos médicos, odontológicos e limpeza de celas e outras dependências.
"Além disso, apurou-se que foi construído um galpão no pátio, para abrigar uma igreja, o que bloqueou a iluminação e ventilação de várias celas, tornando-se mais insalubre o ambiente carcerário, conforme relatório de inspeção", escreveu o magistrado.
Veja a nota da Polícia Civil na íntegra:
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) esclarece que a interdição do CERESP Gameleira tem impactado os trabalhos das delegacias de plantão de Belo Horizonte.
Em decorrência da interdição, as pessoas autuadas em flagrante permanecem presas na delegacias de plantão à disposição da justiça.
A PCMG reafirma o compromisso de prestar serviços de polícia judiciária de excelência e espera que a interdição do CERESP seja revista pelas autoridades competentes.
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