A delegada casada com o empresário suspeito de matar um gari de 44 anos após briga de trânsito em Belo Horizonte prestou depoimento e seguirá trabalhando nas forças de segurança do Estado. A PC investiga se arma usada no crime é a mesma da policial - uma pistola calibre 380. A Corregedoria-Geral da Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar a conduta da delegada.

De acordo com a PC, até o momento, não há indicação para o afastamento da delegada das funções. À corregedoria, a policial afirma que o marido não tinha acesso às armas que ficavam na residência do casal. Ela também disse que desconhece a participação do marido no crime. A PC ressaltou que, caso se comprove que a arma utilizada no crime é a mesma, isso não responsabiliza a delegada de imediato. 

O marido da delegada negou que tenha cometido o assassinato. O homem disse que estava em uma empresa em Betim, na hora do crime, ocorrido nessa segunda-feira (11). No entanto, ele segue preso, já que a Polícia Civil garante ter elementos suficientes para comprovar a autoria. Dentre eles, a placa do carro, imagens, calibre da arma e o relato de testemunhas.

Diretor de uma grande empresa do ramo de alimentos, o homem foi preso horas após o crime. Ele é investigado por homicídio duplamente qualificado e ameaça, direcionada à motorista do caminhão durante a briga de trânsito.

O crime ocorreu após discussão de trânsito no bairro Vista Alegre, na região Leste de BH, enquanto a vítima trabalhava. O corpo de Laudemir de Souza Fernandes foi enterrado nesta quarta em Contagem, na Grande BH. A despedida ficou marcada por indignação de familiares e amigos e clamor por justiça. 

*Estagiária, sob supervisão de Renato Fonseca

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