Uma mulher de 26 anos e um homem de 30 foram presos suspeitos de dopar e furtar pessoas em Belo Horizonte. De acordo com as investigações, a investigada se aproximava de homens, especialmente de meia idade e idosos, ganhava a confiança das vítimas e as dopava com uso de sedativos e alucinógenos.
A dupla foi presa na última quarta-feira (30), mas o inquérito da investigação foi concluído nesta semana.
Segundo o delegado Gustavo Barletta, o caso mais grave foi o de um idoso de 75 anos, que não resistiu e morreu, em 28 de março deste ano, após complicações causadas pela intoxicação.
"Ela administrava as substâncias para que eles ficassem mais tempo adormecidos e, assim, tivesse mais tempo para cometer os furtos", revelou.
Pelo menos outras três vítimas foram identificadas: homens de 52 anos, 67 e 57 anos. Esse último chegou a ficar internado em estado grave. "Por 22 dias, desacreditado pelos médicos, mas acabou sobrevivendo. Foi uma reviravolta", comentou o delegado.
A investigação também revelou que a suspeita se aproveitava do estado de confusão mental das vítimas para obter senhas bancárias e desbloqueios de dispositivos.
Com as senhas e os telefones, a mulher realizava transações financeiras de alto valor, como compras, pagamentos e transferências via PIX, além de utilizar cartões das vítimas de forma presencial. Em um dos casos, foram subtraídos valores superiores a R$ 55 mil.
De acordo com as apurações realizadas, o homem preso recebia parte dos valores e acompanhava a suspeita em deslocamentos, incluindo uma viagem ao Rio de Janeiro. A dupla foi indiciada pelos crimes de latrocínio consumado e tentado. O inquérito policial foi concluído e remetido ao Poder Judiciário.
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