Em cinco dias, Minas registra aumento de 34% nos casos confirmados do vírus H3N2

Raquel Gontijo
raquel.maria@hojeemdia.com.br
29/12/2021 às 17:26.
Atualizado em 04/01/2022 às 00:15
 (Pixabay/Divulgação)

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Em apenas cinco dias, Minas registra aumento de 34% na identificação de casos do vírus Influenza A H3N2. Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES-MG) divulgados nesta quarta-feira (29) mostram que, até 27 de dezembro, foram detectadas 197 amostras positivas do H3N2 e uma do Influenza A H1N1(pdm09). Todas analisadas pela Fundação Ezequiel Dias (Funed). Até o momento, nenhum óbito foi associado à gripe.

No dia 23 deste mês, a SES-MG havia divulgado 147 casos da gripe causada pelo H3N2, o que representa uma diferença de 48 amostras positivas, ou 34%, em relação ao número apresentado nesta quarta.

Segundo a Secretaria, as amostras atuais são de 61 pacientes mineiros e três de outros estados. A maior parte dos casos positivos está concentrada na região Central de Minas, com 94 diagnósticos, ou seja, 47,5% das ocorrências.

Ana Luísa Cury, chefe da Divisão de Epidemiologia e Controle de Doenças da Funed, conta que, desde março de 2020, com o surgimento do novo coronavírus (SARS-CoV-2), a circulação do Influenza diminuiu muito no Brasil. Ele até deixou de ser detectado nas amostras testadas pela Funed por quase dois anos.

Entretanto, a partir da semana epidemiológica relativa a 21 de novembro deste ano, a fundação identificou o retorno da circulação do vírus da gripe no Estado e a SES-MG foi notificada.

Apesar do aumento de 34% nos casos em apenas cinco dias, o secretário de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, afirmou que ainda https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/secret%C3%A1rio-de-sa%C3%BAde-afirma-que-n%C3%A3o-h%C3%A1-surto-de-gripe-em-minas-e-pede-tranquilidade-1.869095

Esse mesmo cenário ocorreu em outros estados do país, sendo que Rio de Janeiro, Espírito Santo, Rondônia e Rio Grande do Norte já decretaram "estado de epidemia". "A mudança epidemiológica ocorre por uma série de fatores, entre eles, a diminuição da circulação do SARS-CoV-2, o relaxamento das medidas protetivas contra a Covid-19 e o aparecimento de uma nova cepa de Influenza A (H3N2- Darwin-Like)", afirma Ana Luísa.

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