O empresário Renê da Silva Nogueira afirmou à Justiça, nesta quarta-feira (26), que foi “julgado pela imprensa” ao ser comparado a um “empresário da Shopee” e negou ter confessado o assassinato do gari Laudemir de Jesus, em agosto, em Belo Horizonte. Interrogado no 1º Tribunal do Júri Sumariante, ele optou por não responder perguntas, mas apresentou a própria versão sobre o dia do crime.
Segundo Renê, ele estava armado porque estaria recebendo ameaças de um ex-sócio, supostamente ligado ao jogo do bicho. O réu relatou que ficou cerca de 30 minutos parado no trânsito para sair do bairro onde mora antes do disparo e chegou a dizer que “teve oportunidade de atirar em outras pessoas, mas não o fez”. Sobre o tiro que matou o gari, não afirmou diretamente se efetuou ou não o disparo.
Ele também disse ter sido pressionado na delegacia: afirmou que policiais ameaçaram envolver sua esposa, caso não colaborasse. Ao final, declarou sentir-se perseguido e disse não saber se o casamento resistirá ao caso.
Habeas corpus rejeitado
A Justiça negou habeas corpus em que a defesa alegava que policiais militares teriam excedido competências ao conduzirem parte da investigação ainda no local do crime. O pedido foi indeferido, e Renê segue preso preventivamente.
Testemunhas e andamento do processo
Na audiência desta quarta, quatro testemunhas foram ouvidas: três policiais e uma pessoa ligada à empresa onde Renê trabalhava. Uma quinta foi dispensada e a sexta, um perito da Polícia Civil, responderá por escrito aos questionamentos já enviados pelas partes.
A defesa pediu prazo para novos requerimentos, incluindo informações sobre o celular do réu. A juíza deu dois dias úteis, a partir de 1º de dezembro, para a entrega dos pedidos.
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