
Entidades do comércio de Belo Horizonte se reuniram nesta terça-feira (13) para discutir a privatização do metrô da capital. Em encontro realizado na sede da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-BH), os participantes se mostraram favoráveis ao leilão da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), responsável pelo metrô da cidade.
Na presença do secretário de Infraestrutura e Mobilidade de Minas Gerais, Fernando Marcato, as entidades afirmaram que não existe nenhum motivo para que a privatização seja adiada.
Segundo o presidente da CDL-BH, Marcelo de Souza e Silva, o leilão respeitou todos os procedimentos legais, contando com a aprovação do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Ministério Público Federal (MPF). "Não há nenhuma irregularidade. Já temos o dinheiro garantido para atrair os interessados", disse.
Ele afirmou que, na gestão atual, o metrô de BH "jamais será expandido ou modernizado, gerando um prejuízo de quase R$ 400 milhões por ano".
Para Marcelo, o modelo atual também prejudica os metroviários, que convivem com greves constantes no setor. "Até para os atuais empregados da CBTU este modelo de gestão é negativo. Neste ano de 2022, um em cada quatro dias o metrô de Belo Horizonte ficou paralisado por motivo de greve", destacou.
O encontro contou com a presença de 10 entidades do comércio da capital:
- Associação Mineira de Supermercados (Amis)
- Câmara do Mercado Imobiliário (CMI/Secovi)
- Mercado Central
- Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais (Abrasel)
- Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas)
- Associação dos Comerciantes do Hipercentro de Belo Horizonte
- Associação dos Revendedores de Veículos no Estado de Minas Gerais (Assovemg)
- Conselho de Desenvolvimento Econômico Sustentável e Estratégico (Codese-BH)
- Sindicato e Associação Panificação e Confeitaria de Minas Gerais (Amipão)
- Sindicato das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais (Setcemg).
Paralisação
Os metroviários de Belo Horizonte anunciaram uma nova greve a partir desta quarta-feira (14). A decisão foi divulgada na noite dessa segunda-feira (12), após assembleia dos sindicatos da categoria.
O objetivo da paralisação é protestar contra o processo de privatização da CBTU, que opera o metrô da capital. O leilão está marcado para 22 de dezembro na bolsa de valores B3, em São Paulo (SP).
Leia mais: