Tratamento de Esgoto

ETE do Onça será reformada e ampliada ao custo de R$ 1 bilhão: fim do mau cheiro?

Promessa do Governo de Minas é transformá-la na mais moderna do Brasil

Do HOJE EM DIA*
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Publicado em 23/06/2025 às 19:44.Atualizado em 23/06/2025 às 19:54.
Inaugurada em 2006, a ETE é responsável pelo atendimento de 50% da população de Belo Horizonte e um pouco mais de 50% de Contagem (Copasa / divulgação)
Inaugurada em 2006, a ETE é responsável pelo atendimento de 50% da população de Belo Horizonte e um pouco mais de 50% de Contagem (Copasa / divulgação)

O Governo de Minas anunciou, nesta segunda-feira (23), que serão investidos R$ 1 bilhão na ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Onça, em Belo Horizonte. A promessa é transformar a unidade na mais moderna do país e impactar diretamente na qualidade das águas do ribeirão do Onça e do rio das Velhas.

As intervenções, que vão gerar cerca de 1,2 mil empregos diretos e indiretos, preveem unidades de tratamento de odor para minimizar incômodos à vizinhança e o reúso do efluente tratado na própria ETE, com a possibilidade de ampliação para outros fins, como usos urbanos e industriais.

O governador em exercício de Minas Gerais, Mateus Simões, participou do lançamento do edital da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), responsável pelo investimento.

"A ETE é responsável pelo atendimento de 50% da população de Belo Horizonte e um pouco mais de 50% de Contagem, processando cerca de 1,8 mil litros por segundo de esgoto. Agora, vai passar a ter capacidade de 2,7 mil litros por segundo. É um grande avanço, pois ela será a estação mais moderna do Brasil", afirmou Simões.

O projeto tem execução estimada de 72 meses e busca aumentar ainda mais a eficiência e a sustentabilidade dos processos de tratamento de esgoto, com tratamento terciário, uma etapa avançada que limpa ainda mais os efluentes, removendo nutrientes, como nitrogênio e fósforo, além da desinfecção com ultravioleta. A obra também é essencial para garantir o atendimento à demanda crescente, com potencial para incorporar inovações tecnológicas e gerar subprodutos.

Sustentabilidade

Dentro do projeto, há previsão ainda de aproveitamento dos subprodutos gerados no tratamento de esgoto, tendo sido previstas duas centrais de tratamento de lodo e biodigestores anaeróbicos, com o objetivo de possibilitar a utilização futura do biogás e do lodo.

Outro diferencial que torna a estação a mais moderna do país é a implantação de um sistema de realidade aumentada e virtual, tais como maquete 3D, óculos de realidade virtual para tour pela ETE, QR Code em unidades e equipamentos para informações no processo de tratamento, critério de cibersegurança e rotas de fuga utilizando realidade aumentada.

O projeto prevê também o monitoramento em tempo real do processo de tratamento, com vários parâmetros sendo acompanhados em sala de controle com visão do processo, telas e supervisório modernos, além de monitores distribuídos ao longo da ETE.

De acordo com o Governo de Minas, a renovação da estação vai permitir que a Copasa se adeque à nova Deliberação Normativa Conjunta Copam/CERH-MG nº 08/2022, que impõe padrões mais rigorosos de qualidade para os efluentes, incluindo a remoção de nitrogênio amoniacal. A obra reforça o compromisso da Copasa com o futuro sustentável, dando um melhor tratamento e novas destinações aos subprodutos, como o lodo que pode ser utilizado como adubo e a geração de biogás em etapas futuras.

Inaugurada em 2006 e expandida em 2010, a ETE Onça é responsável pelo tratamento do esgoto de um total de 1,5 milhão de pessoas, entre moradores de Belo Horizonte e Contagem.

* Com informações da Agência Minas

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