Estado e prefeitura discutem aplicação de recursos para reparação após tragédia em Brumadinho

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
07/05/2021 às 21:50.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:52
 (Corpo de Bombeiros/MG)

(Corpo de Bombeiros/MG)

A aplicação dos recursos destinados a Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, como parte do Termo de Medidas de Reparação dos danos causados https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/pf-conclui-que-perfura%C3%A7%C3%B5es-feitas-pela-vale-causaram-rompimento-da-barragem-em-brumadinho-1.826354, foi tratada, nesta semana, em uma reunião entre representantes do Comitê Gestor Pró-Brumadinho, coordenado pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), a prefeitura e representante da Vale.

Conforme estabelecido no documento, a cidade terá R$ 1,5 bilhão para serem aplicados em projetos socioeconômicos e entre as prioridades apresentadas pela administração municipal estão a criação de um distrito industrial, a digitalização do município com a implementação de tecnologia para ampliar o acesso à internet e um programa de fomento agropecuário para ampliação do conhecimento e rastreabilidade da produção agrícola.

Para o secretário-adjunto da Seplag e coordenador do comitê, Luís Otávio Assis, ouvir as necessidades de Brumadinho é importante para entender as demandas e conseguir tirar do papel, o mais rápido possível, as obrigações do termo. “Tivemos uma excelente reunião, em que esclarecemos para o prefeito e seus secretários o cronograma da escuta popular. Então, as prioridades da prefeitura serão somadas aos projetos propostos pela comunidade”, reforçou o gestor.

As sugestões vão integrar uma lista de projetos que passarão por um processo de consulta popular para fins de priorização, que deve ocorrer nos próximos 90 dias. “Somos o município mais atingido, afinal, a tragédia aconteceu aqui. Então, a importância de o Estado estar junto com Brumadinho, de nós conseguirmos ter voz e palavra para discutir ações, é de extrema importância. É importante nos ouvir, pois estamos no dia a dia, convivendo e escutando essas demandas dos moradores da cidade”, explicou a secretária municipal de Desenvolvimento Social, Christiane Passos.

Segundo o governo de Minas, os projetos apresentados estão contemplados no https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/brumadinho-stf-nega-pedido-de-cassa%C3%A7%C3%A3o-do-acordo-entre-vale-e-governo-de-minas-1.825894 socioambientais e socioeconômicas, homologado em 4 de fevereiro deste ano, que prevê o investimento de R$ 37 bilhões para reparar os danos causados. Entre eles, ações para a reparação socioambiental integral, que inclui a universalização do saneamento nos municípios atingidos, projetos de segurança hídrica, mobilidade e melhoria dos serviços públicos para os mineiros, como a conclusão de obras de hospitais regionais e melhorias nas unidades da Rede Fhemig, com modernização dos hospitais João XXIII, Julia Kubitschek e João Paulo II, além da criação de um Programa de Transferência de Renda e valores destinados à projetos que serão escolhidos pela população atingida.

Desse total, R$ 4 bilhões serão aplicados em projetos socioeconômicos nos municípios atingidos: R$ 2,5 bilhões destinados à 25 cidades da Bacia do Paraopeba e R$ 1,5 bilhão para Brumadinho.  As ações têm como prioridade reparar os efeitos socioeconômicos do rompimento e contribuir para a promoção do desenvolvimento da região e do Estado de Minas Gerais.

O Termo de Medidas de Reparação, firmado entre o Poder Público e a mineradora Vale, em fevereiro deste ano, garantiu que a empresa responsável pela estrutura que se rompeu e deixou 272 vítimas fosse imediatamente responsabilizada pelos danos causados às regiões atingidas e à sociedade mineira pelo rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, em 2019.

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