Carnaval

‘Estamos sendo sabotados’, diz Kalil sobre falta de ônibus em BH

Marina Proton*
mproton@hojeemdia.com.br
01/03/2022 às 12:01.
Atualizado em 01/03/2022 às 14:08
 (Fernando Michel/ Hoje em Dia)

(Fernando Michel/ Hoje em Dia)

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, disse, nesta terça-feira (1º), que o transporte público da capital mineira está passando por um período de “sabotagem”. A fala refere-se ao problema enfrentado pela população neste Carnaval. Desde segunda (28), os coletivos estão rodando em escala reduzida, com quadro de horário de domingo, deixando passageiros que necessitam dos ônibus na mão. 

Na cidade, não há ponto facultativo para os servidores municipais durante este Carnaval. Sendo assim, todos os serviços públicos funcionam normalmente. “Sabotagem clara, eles estão querendo realmente que colapse”, disse Kalil em entrevista concedida à imprensa. 

Conforme informou a BHTrans nesta terça, os quatro consórcios que operam o sistema de transporte coletivo municipal - Pampulha, Dez, BH Leste e Dom Pedro II - foram notificados para que se adequassem a operação para o quadro de horários de dia útil atípico.

Além das regras estabelecidas, uma liminar, que pedia a suspensão da exigência da operação desta mesma forma, não foi concedida às empresas pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

Ainda assim, a medida não foi cumprida. Enquanto isso, usuários seguiram enfrentando enormes filas para chegar ao trabalho, aguardando mais de  2 horas pelo transporte.

“É multa pesada. Mas adianta? Eles não pagam, gente, vamos ser sinceros. Vão ser multados como manda a lei. Agora, o que adianta eles serem multados se a população está sendo prejudicada por sabotagem? Vai ser multado, e daí? Vai aliviar esse povo sofrido que está aí pegando ônibus por uma desinformação, por uma confusão que foi feita? Não. Agora, o transporte público está em crise. Já é difícil fazer sem sabotagem. Sabotar é muito fácil, construir é muito difícil”, concluiu. 

Kalil também lembrou do impasse envolvendo o comércio da capital mineira, que, após reuniões, decidiu pelo não funcionamento durante o período. 

“Essa confusão foi feita na hora que os comerciantes foram ao meu chamado na prefeitura. Eu não impus nada, eu pedi um acordo. Estava acertado que ia abrir tudo, já tinha data de repor os dias, mas a sabotagem agora é explícita. Então vamos lembrar a população de belo horizonte: estava tudo certo, conversado. Sem decreto e com diálogo, mas foram lá e avacalharam. Agora nós temos sabotadores de plantão”, finalizou.

(*) Com Fernando Michel

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