(Samuel Costa/Arquivo)
O número de pacientes em tratamento oncológico que deixaram de realizar acompanhamentos médicos aumentou 67% em janeiro no Hospital da Baleia, em Belo Horizonte. Os principais motivos para as faltas foram pessoas com sintomas respiratórios, infecção por Covid ou Influenza, danos causados pelas chuvas, além do período de férias.
De acordo com a coordenadora do setor de oncologia e radioterapia da unidade de saúde, Natália Abbas, cerca de 250 pessoas faltaram aos atendimentos no mês passado. A média mensal é de 150 abstenções.
O absenteísmo do paciente oncológico preocupa especialistas pois pode trazer consequências graves para o tratamento e até mesmo para a sobrevida em casos mais graves.
“Pedimos que os pacientes que precisem faltar à consulta que entrem em contato para que possamos remarcar, seja o tratamento ou a consulta, para que o médico assistente possa rever o caso e tomar a conduta adequada nesse momento”, afirmou Cecília Sartori, coordenadora da equipe médica de oncologia do Hospital da Baleia.
Referência em Minas no atendimento oncológico adulto e pediátrico, a instituição atende a 88% dos municípios do Estado, sendo 95% via Sistema Único de Saúde (SUS). O Centro de Oncologia do Hospital realiza, em média, 2,1 mil atendimentos a 300 pacientes por mês. São cerca de 1,8 mil sessões de radioterapia e mais de 900 sessões de quimioterapia.
Tratamento oncológico na pandemia
Para reduzir o risco de contágio da Covid-19 e não deixar de fazer o tratamento, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) dá orientações sobre como agir no dia das consultas médicas durante a pandemia.
Veja abaixo:
- Ter somente um acompanhante, com menos de 60 anos, se possível. O acompanhante não poderá ter sintomas de resfriado ou gripe
- Manter distância de outras pessoas, mesmo da equipe de saúde
- Não ficar próximo de outros pacientes
- Não ficar no local de tratamento por mais tempo do que o necessário
- Manter as recomendações de prevenção como lavar as mãos com água e sabão; na ausência, usar álcool em gel; cobrir nariz e boca com lenço ao tossir ou espirrar – se não for possível, deve usar o antebraço como barreira
- Não compartilhar objetos pessoais
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