Investigação

Família sepulta bebê que teve a cabeça supostamente arrancada; laudo do IML ainda não está pronto

Pedro Faria
pfaria@Hojeemdia.com.br
25/05/2023 às 10:36.
Atualizado em 25/05/2023 às 11:45
 (Divulgação/ Hospital das Clínicas)

(Divulgação/ Hospital das Clínicas)

O corpo da bebê Emanuelly Vitória, que teve a cabeça supostamente arrancada durante um parto realizado no Hospital das Clínicas, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, em 1º de maio, foi enterrado nessa quarta-feira (24) no cemitério Porto Seguro, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana.  

A informação foi confirmada pela tia da bebê, Aryane Santos. “O velório durou apenas uma hora. Passou muito tempo, mas ainda deu para nos despedir, mesmo sendo muito rápido”, contou. Segundo ela, o importante agora é aguardar o laudo do Instituto Médico-Legal (IML). "Nossa expectativa é que o resultado da necropsia saia já na semana que vem, e assim teremos a prova do que realmente aconteceu", enfatizou. 

De acordo com a Polícia Civil, o IML liberou o corpo na terça-feira (23), após quase três semanas de análise, e o caso segue sendo investigado. "O caso se reveste de grande complexidade e demanda estudos necroscópicos e laboratoriais detalhados. Por ora, não é possível definir data exata da conclusão do laudo", disse a corporação em nota.

Relembre o caso

O caso foi denunciado pela irmã da mãe da criança, que registrou um boletim de ocorrência na quarta-feira (3), dois dias após o parto. Segundo o documento, a mãe, de 34 anos, foi internada no Hospital das Clínicas no dia 24 de abril, com 28 semanas de gestação. Ela ficou na unidade até o dia 1º, quando o trabalho de parto começou. 

A família ficou em uma sala ao lado, acompanhando o nascimento. Após o fim do procedimento, a médica responsável chamou o pai da criança para dentro da sala de operação, para ver o nascimento do filho. Ao entrar no local, segundo o boletim de ocorrência, o pai viu a criança com a cabeça arrancada. Eles também disseram que, durante o procedimento, a médica “subiu na barriga da mãe”.

Houve um tumulto dentro da sala de cirurgia. Uma assistente social disse aos familiares que o hospital iria arcar com todos os gastos necessários para o sepultamento da criança. 

Por não estar em condições emocionais, a mãe não compareceu a delegacia para registrar o BO. 

Em nota, o Hospital das Clínicas da UFMG, lamentou o ocorrido e disse se solidarizar com a família. A administração da unidade também informou que vai apurar e analisar o fato para tomar futuras decisões. 

O Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG) também disse que está investigando o caso por meio do Código de Processo Ético Profissional (CPEP). 

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