
A Polícia Civil informou, na manhã desta segunda-feira (8), que está investigando o caso de um bebê que morreu após ter a cabeça arrancada durante o parto no Hospital das Clínicas, no bairro Santa Efigênia, região Leste de Belo Horizonte.
Segundo a corporação, o corpo foi submetido a necrópsia no próprio hospital. Um inquérito foi instaurado para apurar o ocorrido e entender se houve erro ou negligência médica.
O caso foi denunciado pela irmã da mãe da criança, que registrou um boletim de ocorrência na última quarta-feira (3), dois dias após o parto. Segundo o documento, a mãe, de 34 anos, foi internada no Hospital das Clínicas no dia 24 de abril, com 28 semanas de gestação. Ela ficou na unidade até o dia 1º, quando o trabalho de parto começou.
A família ficou em uma sala ao lado, acompanhando o nascimento. Após o fim do procedimento, a médica responsável chamou o pai da criança para dentro da sala de operação, para ver o nascimento do filho. Ao entrar no local, segundo o boletim de ocorrência, o pai viu a criança com a cabeça arrancada. Eles também disseram que, durante o procedimento, a médica “subiu na barriga da mãe”.
Houve um tumulto dentro da sala de cirurgia. Uma assistente social disse aos familiares que o hospital iria arcar com todos os gastos necessários para o sepultamento da criança.
Por não estar em condições emocionais, a mãe não compareceu a delegacia para registrar o BO.
Em nota, o Hospital das Clínicas da UFMG, lamentou o ocorrido e disse se solidarizar com a família. A administração da unidade também informou que vai apurar e analisar o fato para tomar futuras decisões.
O Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG) também disse que está investigando o caso por meio do Código de Processo Ético Profissional (CPEP).