Funcionários do Hospital Infantil João Paulo II, em Belo Horizonte, denunciaram que servidores, pacientes e acompanhantes estão recebendo marmitas com comida estragada, segundo Carlos Augusto dos Passos Martins, presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, Técnicos Operacionais de Saúde, Analistas de Gestão da Saúde e Auxiliares de Apoio à Saúde de Minas Gerais (Sindpros).
De acordo com o sindicalista, servidores reclamaram que a salada servida nesta segunda-feira (11) estava azeda. A Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), informou que "não há como falar em comida estragada, até onde apuraram, só o tomate estava muito maduro", mas que, mesmo assim, o hospital está colhendo amostras e investigando o caso.
E esta não seria a primeira vez. Carlos Martins afirmou que, desde o ano passado, o Sindpros tem feito denúncias à direção da Fhemig que administra o hospital infantil.
Ainda segundo Martins, houve casos, inclusive, de servidores que tiveram indisposição intestinal depois de consumir a comida estragada. E outro problema é que as marmitas de pacientes que precisam de dieta especial, têm sido substituídas por outras que não seguem a prescrição médica.
O sindicato informou que pediu à Fhemig para substituir a empresa que fornece as marmitas, o que não aconteceu, apesar das reclamações.
"Já eram de conhecimento da Fhemig. E a manifestação é a mais evasiva,dizendo que iriam verificar as denúncias. E há um grupo de nutricionistas da fundação que fiscalizam a alimentação servida. Com eles, é possível verificar se as denúncias procedem." - diz Carlos Martins.
Sobre o caso das larvas encontradas em marmitas em outubro do ano passado, o Hoje em Dia questionou a Fhemig sobre a denúncia e perguntou se alguma investigação foi instaurada para apurar o caso. O órgão respondeu que "no ano passado era outra empresa (que fornecia a comida)" e que o contrato da atual fornecedora de refeições coletivas também já está no fim.
A Fhemig declarou que a denúncia feita nesta segunda-feira (11) está sendo apurada. E que a reclamação foi formalizada junto à Coordenação de Nutrição da unidade hospitalar. Ainda de acordo com a fundação, caso a irregularidade seja comprovada, a empresa terceirizada poderá ser notificada “conforme previsto em contato”.
Questionada sobre o registro de casos de pessoas que tiveram intoxicação alimentar após a distribuição das supostas marmitas vencidas, a Fhemig informou que não houve nenhum caso relacionado. O nome da empresa responsável pela alimentação no hospital também não foi informado.
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