Caso Soraya Tatiana

Filho que confessou ter matado a mãe professora é transferido de presídio após ameaças

Detento estava no Ceresp Gameleira e foi levado para Ribeirão das Neves

Do HOJE EM DIA
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Publicado em 29/07/2025 às 07:41.Atualizado em 29/07/2025 às 08:43.
Soraya Tatiana foi econtrada morta debaixo de um viaduto, em Vespasiano, na Grande BH (Reprodução/Redes Sociais)
Soraya Tatiana foi econtrada morta debaixo de um viaduto, em Vespasiano, na Grande BH (Reprodução/Redes Sociais)

O homem de 32 anos, preso na última sexta-feira (25) sob acusação de assassinar a própria mãe, a professora Soraya Tatiana Bomfim França, foi transferido de presídio nessa segunda-feira (28). A mudança, segundo seu advogado, Gabriel Arruda, ocorreu devido a ameaças de morte recebidas de outros detentos e à superlotação da cela no Ceresp Gameleira, em Belo Horizonte. O suspeito foi encaminhado para o Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana.

A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou que o filho de Tatiana Soraya "esteve admitido no Ceresp Gameleira entre 25/07/2025 e 28/07/2025, quando foi desligado para transferência", sendo admitido no Presídio Inspetor José Martinho Drumond na tarde de ontem, onde permanece à disposição da Justiça. Os detalhes específicos da mudança não foram divulgados.

No entanto, a defesa dele detalhou a questão da segurança. "Quando ele chegou no Ceresp, o pessoal começou a perguntar para ele o motivo dele estar lá. E a hora que os presos ficaram sabendo ameaçaram ele de morte, então ele recebeu algumas ameaças", explicou Arruda.

O suspeito foi detido cinco dias após o corpo de sua mãe ser encontrado em Vespasiano, na Grande Belo Horizonte, coberto por um lençol, seminu. A motivação do assassinato, de acordo com a Polícia Civil (PCMG), seria uma briga por dívidas de jogos online do suspeito.

No domingo (27), após audiência de custódia, a Justiça decretou a prisão preventiva de Matteos. Os detalhes da decisão e do processo estão sob segredo de justiça.

A polícia informou que o filho da professora confessou ter matado a mãe sozinho, por esganadura, dentro do apartamento onde moravam. No mesmo dia do crime, ele teria colocado o corpo no porta-malas do carro dela e o abandonado próximo ao viaduto em Vespasiano. As investigações indicam que Matteos possuía numerosas dívidas decorrentes de jogos de casa de apostas e havia contraído um empréstimo consignado. Ele relatou ter "entrado em colapso" durante uma discussão com a mãe, que reclamava de sua constante falta de dinheiro.

No último sábado (26), Matteos teve sua exoneração de um cargo comissionado no governo de Minas Gerais publicada no Diário Oficial do Estado. Ele ocupava uma função DAD-5 na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), com uma remuneração líquida de R$ 4.516,90 em maio de 2025. A Sedese informou, em nota, que a exoneração foi uma decisão do gabinete da pasta e que "os fatos investigados não guardam relação com a secretaria", reforçando que "não compactua com crimes, desvios de conduta ou quaisquer irregularidades cometidas por seus servidores."

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