O homem de 32 anos, preso na última sexta-feira (25) sob acusação de assassinar a própria mãe, a professora Soraya Tatiana Bomfim França, foi transferido de presídio nessa segunda-feira (28). A mudança, segundo seu advogado, Gabriel Arruda, ocorreu devido a ameaças de morte recebidas de outros detentos e à superlotação da cela no Ceresp Gameleira, em Belo Horizonte. O suspeito foi encaminhado para o Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana.
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou que o filho de Tatiana Soraya "esteve admitido no Ceresp Gameleira entre 25/07/2025 e 28/07/2025, quando foi desligado para transferência", sendo admitido no Presídio Inspetor José Martinho Drumond na tarde de ontem, onde permanece à disposição da Justiça. Os detalhes específicos da mudança não foram divulgados.
No entanto, a defesa dele detalhou a questão da segurança. "Quando ele chegou no Ceresp, o pessoal começou a perguntar para ele o motivo dele estar lá. E a hora que os presos ficaram sabendo ameaçaram ele de morte, então ele recebeu algumas ameaças", explicou Arruda.
O suspeito foi detido cinco dias após o corpo de sua mãe ser encontrado em Vespasiano, na Grande Belo Horizonte, coberto por um lençol, seminu. A motivação do assassinato, de acordo com a Polícia Civil (PCMG), seria uma briga por dívidas de jogos online do suspeito.
No domingo (27), após audiência de custódia, a Justiça decretou a prisão preventiva do filho de Soraya. Os detalhes da decisão e do processo estão sob segredo de justiça.
A polícia informou que o filho da professora confessou ter matado a mãe sozinho, por esganadura, dentro do apartamento onde moravam. No mesmo dia do crime, ele teria colocado o corpo no porta-malas do carro dela e o abandonado próximo ao viaduto em Vespasiano. As investigações indicam que o suspeito possuía numerosas dívidas decorrentes de jogos de casa de apostas e havia contraído um empréstimo consignado. Ele relatou ter "entrado em colapso" durante uma discussão com a mãe, que reclamava de sua constante falta de dinheiro.
No último sábado (26), o filho de Soraya teve sua exoneração de um cargo comissionado no governo de Minas Gerais publicada no Diário Oficial do Estado. Ele ocupava uma função DAD-5 na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), com uma remuneração líquida de R$ 4.516,90 em maio de 2025. A Sedese informou, em nota, que a exoneração foi uma decisão do gabinete da pasta e que "os fatos investigados não guardam relação com a secretaria", reforçando que "não compactua com crimes, desvios de conduta ou quaisquer irregularidades cometidas por seus servidores."