Processo de cassação

Gabriel Azevedo: primeiros depoimentos na Câmara de BH relembram caso 'lambe-botas'

Nesta terça ocorreram os três primeiros dos 14 depoimentos previstos na Comissão Processante da Câmara

Pedro Melo
pmelo@hojeemdia.com.br
31/10/2023 às 18:03.
Atualizado em 31/10/2023 às 18:46
 (Maurício Vieira/Hoje em Dia)

(Maurício Vieira/Hoje em Dia)

O processo de cassação contra o mandato do atual presidente da Câmara Municipal, Gabriel Azevedo, ganhou "novo capítulo" nesta terça-feira (31). Durante os primeiros depoimentos na Comissão Processante que apura o pedido, um dos casos relembrados e usados como argumentos envolvendo o parlamentar foi a situação do “lambe-botas”.

Nesta terça, foram ouvidos os vereadores Wagner Ferreira (PDT), Miltinho CGE (PDT) e Wesley Moreira (PP). Os três foram questionados sobre as declarações do chefe da Casa Legislativa referente ao termo “lambe-botas”, utilizado durante o Plenário que debatia a situação do antigo Aeroporto Carlos Prates. A previsão é que mais depoimentos ocorram ao logo da semana.

Na mesma reunião, Gabriel também se referiu ao parlamentar Wagner como “resto de ontem”. Um vídeo com a fala do presidente chegou a ser exibido nesta terça, e as três testemunhas foram questionadas sobre como se sentiram com as palavras.

Os três se posicionaram contrários às falas. Eles afirmaram que os termos feriram a honra. Em nenhum momento o presidente se pronunciou. Em nota, Gabriel informou que irá falar "no dia do depoimento dele e segue aguardando os passos da comissão processante".

Ao todo, serão 14 depoimentos, sendo seis indicados pela deputada federal Nely Aquino, autora do pedido de cassação. Outras sete testemunhas que irão falar nas audiências foram escolhidas pelo chefe da Casa. O último a depor será o próprio Gabriel.

Após todas as declarações, a vereadora Professora Marli deverá elaborar um parecer final sobre o pedido de cassação, que será votado pela Comissão Processante. Posteriormente, a denúncia segue para apreciação em Plenário, onde são necessários os votos de 28 dos 41 membros do Legislativo para a cassação do mandato de Gabriel. A Comissão Processante tem um prazo total de até 90 dias para concluir os trabalhos.

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