A semana começou com boa notícia para os proprietários de veículos, mas vai terminar com peso no bolso. O preço médio do litro da gasolina comum na Região Metropolitana de Belo Horizonte caiu R$ 0,25 (4,70%), de acordo com levantamento realizado pelo site Mercado Mineiro, divulgado nesta segunda-feira (26). Mas vai voltar a subir no sábado (1º), quando o combustível terá aumento de R$ 0,22 nos impostos federais PIS/Cofins.
Na prática, o aumento na gasolina vai anular a queda de R$ 0,13 anunciada pela Petrobras há cerca de 10 dias. Além disso, a tendência é que o preço do combustível suba em relação ao que era praticado antes desta queda.
Depois de um ano zerados, o Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) voltaram a ser cobrados no início de março. O site da Petrobras não mostra o valor de cada imposto no preço final do litro, mas sim a soma, que atualmente é de R$ 0,35 no caso da gasolina.
A alta na tributação vem depois de a Petrobras anunciar uma redução de R$ 0,13 centavos no litro da gasolina para as distribuidoras. Como a alta do imposto vai ser maior do que a queda anunciada, a tendência é de que o preço do combustível fique acima do praticado anteriormente. O preço da gasolina já havia aumentado R$ 0,21 por litro na semana de 4 a 10 de junho, com a mudança na forma de tributação do ICMS.
Diesel
O valor médio do litro diesel teve redução de R$ 0,15, ou 2,92%, enquanto o etanol caiu R$ 0,12, ou 3,18%. O comparativo é com relação a última pesquisa, do dia 2 de junho.
O Hoje em Dia procurou o Governo Federal para confirmar o retorno dos impostos e, também, apurar sobre a possibilidade de a medida ser prorrogada, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.
Relembre
Os impostos federais sobre combustíveis foram zerados no ano passado, em uma tentativa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de fazer com que os produtos ficassem mais baratos.
No início deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prorrogou por dois meses a desoneração de impostos federais sobre combustíveis. No fim deste prazo, ou seja, ao final de fevereiro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi pressionado a manter os impostos zerados por mais tempo.