Grande BH se programa para comprar vacinas contra Covid de quatro laboratórios

Luiz Augusto Barros
@luizaugbarros
25/03/2021 às 07:56.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:30
 (Reprodução/Pixabay)

(Reprodução/Pixabay)

Diante do avanço da Covid em Minas, que bateu recorde de casos e mortes confirmadasnas últimas 24 horas, e o baixo índice de imunização – apenas 5% da população protegida contra o vírus – municípios da Grande BH se esforçam em uma nova corrida pela vacina. Treze cidades da região se articulam para comprar 1,5 milhão de doses de quatro laboratórios.Reprodução/Pixabay 

Prefeitos vão investir R$ 150 milhões e esperam que os imunizantes estejam disponíveis em até 60 dias

Otimistas, os prefeitos esperam que os imunizantes estejam disponíveis em até 60 dias. O investimento é de R$ 150 milhões. As conversas avançaram com a Sinovac (que produz a CoronaVac), AstraZeneca (Oxford), Janssen (Johnson & Johnson) e a russa Sputnik V.

Diferentemente da proposta feita pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), que montou um consórcio com mais de mil municípios brasileiros, não há a necessidade da aprovação de um Projeto de Lei para que as negociações sejam iniciadas. Em BH, por exemplo, o PL ainda tramita na Câmara Municipal e deve ser votado em abril. 

Integram o consórcio Capim Branco, Confins, Funilândia, Jaboticatubas, Lagoa Santa, Matozinhos, Pedro Leopoldo, Prudente de Morais, Ribeirão das Neves, Santana do Riacho, São José da Lapa e Vespasiano. A partir de abril, Santa Luzia também estará no grupo

Vale ressaltar, no entanto, que o governo federal pode solicitar as doses compradas pelas administrações das cidades da região metropolitana. O presidente do Consórcio Intermunicipal de Saúde e de Políticas de Desenvolvimento da Região do Calcário (CISREC), Diego Álvaro diz contar com “o bom senso” do Ministério da Saúde. 

Conforme ele, que é prefeito de São José da Lapa, os protocolos de intenção de compra já foram firmados. “Estamos fazendo o nosso alinhamento de compra e negociando há mais de 30 dias, tudo dentro da legalidade, da transparência”, diz o chefe do Executivo. 

De acordo com Diego, os imunizantes serão aplicados nos grupos prioritários que já começaram a ser vacinados. “Também temos a intenção de fazer mudanças em alguns pontos do Plano Nacional de Imunização e vamos pedir autorização para vacinar os professores e as forças de segurança para retomar esses serviços de forma segura e mais rápida”, afirmou.

Para a diretora da Sociedade Brasileira de Imunização em Minas Gerais (Sbim-MG), Jandira Campos Lemos, a medida é válida, pois acelera a vacinação e pode desafogar o sistema de saúde dos municípios. “A partir do momento que esse consórcio consegue agilizar a chegada das vacinas, ele vai agilizar também o controle da doença”.

Saiba Mais

No início de março, a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) criou um consórcio nacional para aquisição de vacinas, equipamentos, medicamentos e insumos necessários durante a pandemia. Ao todo, 1.703 municípios brasileiros entraram oficialmente na lista, dentre eles Belo Horizonte. No último dia 10, o prefeito Alexandre Kalil apresentou à Câmara Municipal o Projeto de Lei para que a capital mineira possa integrar oficialmente o grupo.

Na última semana, o PL teve parecer favorável da Comissão de Legislação e Justiça e seguiu para análise da Comissão de Saúde e Saneamento, que aprovou o texto, ontem. Agora, falta o sinal positivo das Comissões de Administração Pública e Orçamento e Finanças para que o documento possa ser incluído na pauta do Plenário, em primeiro turno, onde precisa da aprovação de 21 vereadores.

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