Um dia depois que um vagão do metrô de Belo Horizonte foi palco de um arrastão, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) recebeu ameaças de explosões em várias estações. Uma força-tarefa foi montada e, nesta semana, um suspeito, de 44 anos, foi preso no Barreiro.
Agora, os órgãos de segurança investigam se há ligação entre os dois crimes e tentam chegar aos assaltantes. No último dia 18, quatro homens invadiram um vagão fizeram a "limpa" nos passageiros. Pelo menos quatro vítimas registraram ocorrência, sendo que uma delas chegou a ser ameaçada de morte.
No dia seguinte, a CBTU começou a receber mensagens intimidatórias por telefone através da Central de Denúncias. Nos textos, o suspeito informava que iria explodir alguns terminais. O caso foi parar na polícia que, junto com o Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, iniciou a investigação.

Confissão
Na última segunda-feira (24), o suspeito foi identificado. Com um mandado de prisão expedido pela Justiça, policiais militares foram até a casa do homem, de 44 anos, no bairro Oeste, região do Barreiro. Segundo a polícia, ele teria admitido que enviou as ameaças.
Em buscas na residência do homem, os militares apreenderam 11 chips de celulares e um aparelho telefônico. Nenhum material explosivo foi localizado. O suspeito foi encaminhado para a Central de Flagrantes (Ceflan) 3, onde agentes ferroviários compareceram e mostraram as mensagens intimidatórias que haviam sido recebidas no celular da CBTU.
A companhia foi procurada pela reportagem, mas ainda não se manifestou.