Estupro pela internet

Influencer digital de São Paulo é preso suspeito de aliciar sexualmente menina de 10 anos em BH

O suspeito, que é da cidade de Capivari, em São Paulo, possui cerca de doze mil inscritos no YouTube.

Pedro Santos*
pedro.sousa@hojeemdia.com.br
14/12/2023 às 11:58.
Atualizado em 14/12/2023 às 16:05
PCMG divulgou informações em coletiva nesta quinta-feira (14) (Fernando Michel/Hoje em Dia)

PCMG divulgou informações em coletiva nesta quinta-feira (14) (Fernando Michel/Hoje em Dia)

Um influencer digital de São Paulo, de 19 anos, foi preso pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) suspeito de aliciar sexualmente uma menina de 10 anos, moradora de Belo Horizonte. Em coletiva nesta quinta-feira (14), a delegada Cristiana Angelini explicou que os crimes teriam ocorrido pela internet, com o indivíduo aliciando e ensinando a criança a se masturbar por vídeo. Ele foi preso preventivamente por estupro de vulnerável na terça-feira (12) depois que a mãe vasculhou o telefone da filha para procurar um dever de casa e encontrou conversas de cunho sexual. 

Segundo Cristiana Angelini, o suspeito promovia lives na internet com conteúdo do tipo “ASMR”, voltado para crianças. Esse tipo de vídeo tem o intuito de provocar relaxamento e diminuição da ansiedade através de barulhos tidos como “satisfatórios”. 

“O tipo de trabalho que ele faz é o ASMR. É um dos temas mais recorrentes no Youtube. É uma modalidade de vídeos onde as pessoas falam sussurrando ou também com alguns barulhos, como por exemplo unhas batendo em uma mesa”, detalha.

No chat das lives, o suspeito pedia o contato das crianças e as chamava pelo WhatsApp. Em seguida, ele ensinava as crianças a como produzir vídeos se tocando de maneira sexual.  O youtuber teria até mesmo sugerido que a menor usasse um vibrador para se estimular. Para evitar ser descoberto, ele também ensinava a criança a como apagar as mensagens com conteúdo sexual. 

As investigações apontam que há pelo menos outras seis vítimas. “Ele disse que conversava com cerca de sete crianças. O suspeito é de São Paulo, mas trata-se de um crime nacional. Acredita-se que existam vítimas no país inteiro”, afirmou Cristiana.

Além do crime de estupro de vulnerável, o influencer digital pode ainda responder pelo crime de pelo armazenamento e compartilhamento de pornografia infantil.

Alerta

Diante do aumento de casos de estupro de vullnerável na internet, Cristiana Angelini ainda fez um alerta aos pais sobre a importância da fiscalização constante e rígida acerca dos conteúdos que os filhos consumem na internet. 

“A internet não é uma terra de anonimato. Os pais devem conversar com os filhos e fiscalizar as atividades deles todos os dias. O diálogo e a conscientização são muito importantes”, afirmou.
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