A influenciadora digital Lara Castilho, de 27 anos, moradora de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, usou o perfil no Instagram para dizer aos seguidores que roubaram um remédio que usa para fibrose cística e que é avaliado em cerca de R$ 23 mil.

“Postei nos Stories e vou postar no feed para que possa ser compartilhado. Nessa caixa de remédios está minha vida, sim, literalmente minha vida, preciso tomar esses comprimidos diariamente para VIVER! Sem esses remédios não tenho boas chances”, afirmou a influencer.

Segundo Lara, a caixa do medicamento Trixacar, produzido pelo laboratório argentino Gador, estava sendo transportada por um familiar quando ocorreu o assalto.

“Infelizmente foi assaltado a mão armada, levaram além da moto dele, a caixa de remédios. Isso aconteceu hoje (sábado) 17 de dezembro de 2022, em São Paulo. Se vou conseguir ela de volta, eu não sei, tenho poucas esperanças”, explicou a jovem no Instagram.

Lara Castilho conseguiu duas caixas de Trixacar em junho deste ano (Instagram / laracastilhooficial / Reprodução)

Ela disse ainda que o remédio caríssimo não tem autorização para ser comercializado no Brasil.

Em junho deste ano, Lara Castilho havia compartilhado um post na mesma rede social revelando aos 63 mil seguidores que conseguiu adquirir duas caixas de Trixacar graças a uma vaquinha online.

“Hoje é um dia que eu nunca mais vou esquecer. O dia em que a força da internet, a força de Deus e de pessoas boas me fez poder postar essa foto mostrando pra todos vocês que eu consegui, consegui dois meses de um tratamento absurdamente caro”, disse a jovem de Uberlândia na época.

Sobre a doença
De acordo com o site do Ministério da Saúde, a fibrose cística, também conhecida como mucoviscidose, é uma doença genética crônica que afeta principalmente os pulmões, pâncreas e sistema digestivo.

A estimativa é que o problema raro acometa cerca de 70 mil pessoas em todo mundo. “É a doença genética grave mais comum da infância. Um gene defeituoso e a proteína produzida por ele fazem com que o corpo produza muco de 30 a 60 vezes mais espesso que o usual. O muco espesso leva ao acúmulo de bactéria e germes nas vias respiratórias, podendo causar inchaço, inflamações e infecções como pneumonia e bronquite, trazendo danos aos pulmões”, explicou o ministério.

Esse muco também pode bloquear o trato digestório e o pâncreas, impedindo que enzimas digestivas cheguem ao intestino. O corpo precisa dessas substâncias para digerir e aproveitar os nutrientes dos alimentos. pacientes com fibrose cística frequentemente precisam repor essas enzimas por meio de medicamentos tomados junto às refeições.

A doença pode ser detectada no teste do pezinho em recém-nascidos.