(Hoje em Dia)
O Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais (IHGMG) registrou nesta sexta-feira (20) um boletim de ocorrência junto a Polícia Militar para denunciar negligência dos administradores do Edifício JK, localizado no Santo Agostinho, região Centro-Sul de BH, em relação à conservação e preservação da sede do IHGMG, que fica no prédio. Obras e documentos do século 19 estariam correndo risco de dano, segundo a entidade.
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Uma representação contra a administração do condomínio, citando a síndica e o subsíndico e gerente do condomínio, já foi encaminhada ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
A relação com a administração não é fácil,d e acordo com o instituto. Desde 2020, o IHGMG disse que pediu que os responsáveis realizassem reforma na sede do instituto. Porém, por conta da alta quantidade de chuva no final de 2022 e início de 2023, a situação no local se agravou com infiltrações, ferrugem e goteiras, que colocam em risco a preservação dos documentos históricos.
No instituto há ainda uma biblioteca que armazena uma série de livros históricos sobre Minas Gerais dos séculos 19 e 20. Caso os problemas estruturais atinjam esse local, uma parte da história do Estado pode ser perdida, de acordo com o 3º vice-presidente do IHGMG, Ozório Couto. “Nosso instituto armazena documentos únicos. Caso algo ocorra com eles, não teremos como recuperar ou substituir, prejudicando a manutenção da nossa história”.
A sede do instituto é tombada e protegida por lei e o acervo é resguardado pelo Estatuto dos Museus. As denúncias contra a administração do JK se baseiam no Artigo 62 do estatuto, que considera crime “destruir, inutilizar ou deteriorar arquivo, registro, museu, biblioteca, instalação científica ou similar”. A pena prevista é de um a três anos.
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O Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais é a mais antiga casa de cultura do Estado, sendo a instituição reconhecida como de utilidade pública nos níveis municipal, estadual e federal.
A equipe do Hoje em Dia tentou contato com a administração do Edifício JK, mas até o fechamento desta matéria, não obteve retorno.
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