Justiça garante moradia para famílias formadas após o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
28/09/2020 às 19:17.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:39
 (Eugênio Moraes/ Hoje em Dia)

(Eugênio Moraes/ Hoje em Dia)

A pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), famílias que se formaram após ohttps://www.hojeemdia.com.br/horizontes/mpf-recorre-da-decis%C3%A3o-que-rejeitou-den%C3%BAncia-contra-executivos-por-rompimento-de-barragem-da-samarco-1.746162, em Mariana, na Região Central do Estado, em novembro de 2015, também terão direito a moradia nos reassentamentos.

Segundo o MPMG, esses novos núcleos são formados por vítimas do desastre que tiveram suas dinâmicas familiares alteradas, em razão de situações como casamentos, divórcios, nascimentos de filhos e falecimentos.

Com a decisão da 2ª Vara Cível de Mariana, por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Mariana, os novos núcleos familiares que se constituírem até dezembro deste ano receberão novas casas.

O rompimento da barragem de Fundão, da mineradora Samarco, provocou a morte de 19 pessoas, https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/desastre-de-mariana-%C3%A9-reconhecido-como-primeiro-crime-ambiental-com-viola%C3%A7%C3%A3o-de-direitos-humanos-1.762521 até a foz, no litoral do Espírito Santo. 

O reassentamento dessas famílias nas comunidades que estão sendo reconstruídas já estava garantido em acordo firmado com o MPMG desde fevereiro de 2018. Contudo, as mineradoras Samarco e suas acionistas Vale e BHP Billiton se recusavam a reconhecer atingidos que formaram novos núcleos após janeiro de 2019, provocando tratamento desigual e injusto entre as famílias atingidas.

Em consequência disso, a 1ª Promotoria de Justiça ajuizou, no ano passado, o cumprimento de Sentença, pleiteando o reconhecimento de dezenas de famílias nessa situação e a fixação de uma data limite para que os novos núcleos que se constituírem sejam atendidos nos reassentamentos coletivos e familiares.

Segundo o promotor de Justiça Guilherme de Sá Meneghin, a medida é necessária por causa do atraso nas obras dos reassentamentos, provocados pelas mineradoras. Conforme prazo judicial anteriormente fixado, a Samarco tem até 27 de fevereiro de 2021 para concluir os reassentamentos de todas as vítimas do desastre de Fundão, incluindo os novos núcleos.  

Embora a decisão da 2ª Vara Cível da Comarca de Mariana reconheça parcialmente os pedidos, o MPMG irá recorrer para que seja acolhido o pleito inicial da comunidade atingida, consistente no reconhecimento do direito de moradia de todas as famílias que se constituírem até a data de entrega dos reassentamentos.

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