O goleiro Bruno Fernandes obteve liberação da Justiça para se mudar para Mato Grosso, onde vai defender o Clube Esportivo Operário Várzea-Grandense, time com sede em Várzea Grande, na Região Metropolitana de Cuiabá.
A decisão foi proferida pelo juiz Tarciso Moreira de Souza, da Vara de Execução em Meio Aberto e Medidas Alternativas da Comarca de Varginha, no Sul de Minas.
Bruno foi preso em 2010 por participação no sequestro e assassinato de Eliza Samudio, mãe do filho dele, Bruninho. Em 2013 foi condenado a 22 anos e três meses de prisão. Em julho de 2019, ele conseguiu progressão de pena para o semiaberto domiciliar.
A ida de Bruno para o time varzea-grandense já provoca polêmica. O Conselho Estadual dos Direitos da Mulher de Mato Grosso (CEDM/MT) divulgou uma nota de repúdio em uma rede social, ainda no dia 9 de janeiro, contra a possível contratação do goleiro. “Trata-se de alguém que demonstrou profundo ódio e total desrespeito às mulheres ao tratar dessa forma cruel e bárbara aquela que seria a mãe do seu filho. Considerando que o esporte cria ídolos nos quais crianças e jovens que estão em processo de formação se espelham, a contratação do goleiro Bruno para o referido time de futebol é um fato bastante preocupante”, diz o comunicado.
A reportagem do Hoje em Dia não conseguiu falar com o Clube Esportivo Operário Várzea-Grandense.
Em janeiro deste ano, após enorme repercussão nas redes sociais do depoimento da jornalista Jessica Senra, na TV Bahia, o Fluminense de Feira de Santana (BA) desistiu da contratação do goleiro.
Leia mais:
Compra de direitos autorais de livro sobre goleiro Bruno por Globo gera polêmica nas redes
'Feminicida': apresentadora da Globo causa polêmica ao falar do goleiro Bruno em time baiano
Ainda no semiaberto, Bruno volta ao Rio após quase uma década