Está marcada para o dia 16 de maio a audiência de instrução do julgamento de Jonathan Pereira do Prado, de 33 anos, suspeito de matar a radiologista Kelly Cristina Cadamuro, de 22 anos, durante uma carona combinada via WhatsApp, em novembro do ano passado.
A audiência será realizada em Frutal, no Triângulo Mineiro, onde Jonathan está preso. Ele foi indicado pelos crimes de latrocínio, ocultação de cadáver e estupro. Se condenado, pode pegar uma pena de até 45 anos de cadeia. Para a polícia, Jonathan confessou ter matado Kelly para roubá-la, mas negou o estupro.
O crime
O crime foi no dia 1º de novembro. Kelly, que morava em Guapiaçu, interior de São Paulo, buscou caroneiros por meio de um grupo de WhatsApp para uma viagem entre São José do Rio Preto, em São Paulo, e Itapagipe, no Triângulo Mineiro, onde morava o namorado dela.
A carona foi combinada por uma suposta mulher, mas quem apareceu no local foi Jonathan Pereira do Prado. Apesar da desconfiança, a jovem aceitou seguir viagem com ele. Pelo aplicativo, Kelly informou ao namorado que viajaria apenas com um homem: "Só o rapaz, a menina não vai, bjs", escreveu. Ele respondeu: "Cuidado!" Ela voltou a fazer contato para dizer que estava abastecendo no posto Sertanejo, na BR-153. Depois, ele já não recebeu retorno e se desesperou: "Mor, cadê você? Tô preocupado. Pelo amor de Deus!"
Foi o namorado de Kelly que encontrou a calça da jovem, perto do local em que o corpo, seminu, foi achado pelos policiais. O carro da vítima também foi localizado no mesmo dia, sem as rodas.
Câmeras do pedágio registraram o carro no sentido Itapagipe com os dois ocupantes dentro. Minutos depois, o homem é flagrado sozinho com o carro da moça.
De acordo com o laudo de necropsia, a causa da morte foi asfixia por constrição cervical (estrangulamento).
Outros dois homens também foram presos, acusados de receptação de material roubado, retirado do carro da vítima.