Impasse

Justiça nega liminar em ação que cobrava retorno imediato das aulas presenciais para crianças em BH

Marina Proton
mproton@hojeemdia.com.br
03/02/2022 às 11:33.
Atualizado em 03/02/2022 às 11:39
 (Prefeitura de Sabará/Divulgação)

(Prefeitura de Sabará/Divulgação)

A Justiça negou liminar em ação que pedia a retomada imediata das aulas presenciais para crianças de 5 a 11 anos em Belo Horizonte. O pedido, feito pela vereadora Marcela Trópia (Novo), solicitava a suspensão dos efeitos do decreto publicado pela prefeitura da capital que prevê o retorno dos estudantes para o dia 14 de fevereiro

Segundo informou a PBH na manhã desta quinta-feira (3), a decisão, assinada pelo juiz Maurício Leitão Linhares, da 1ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública Municipal, alega que a restrição das atividades foi decidida com base em estudos técnicos que “merecem crédito” para evitar maior propagação do coronavírus em BH.  

No documento, ainda segundo a prefeitura, o magistrado ressalta que o “clima de desânimo” e indignação dos pais é insuficiente para uma decisão contrária do Judiciário.

“A conclusão possível, neste momento processual, é que a Administração Pública não agiu fora dos parâmetros constitucionais e que, com a edição daquele decreto, visa, com bases em estudos técnicos que merecem crédito, continuar sua atuação para evitar uma maior propagação do vírus SARS-CoV-02, não havendo, portanto, elementos que permitam afirmar que o referido decreto municipal caracterize atentado à moralidade administrativa”, afirmou.

O retorno às aulas presenciais nesta quinta-feira em BH ocorre apenas para crianças de 0 a 4 anos, e estudantes dos 7º, 8º e 9º anos do ensino fundamental e das turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Segundo a Secretaria Municipal de Educação (Smed), ao todo, 110 mil estudantes retornam para as salas de aula, considerando a rede municipal e as creches parceiras.

Retorno no dia 14

A medida de suspensão do retorno para crianças de 5 a 11 anos, tomada em meio ao avanço do número de casos de Covid-19, vale para todas as escolas da cidade, mesmo as privadas e da rede estadual.

Como justificativa para postergar o início do ano letivo, a prefeitura da capital mineira também considerou o tempo para vacinação desta faixa etária, já que os pais “ganham” uma semana a mais para que as crianças possam garantir a imunização. 

Segundo a Smed, o adiamento não vai “impactar em prejuízo da oferta legalmente prevista” e que para todos os estudantes serão garantidos os 200 dias letivos e as 800 horas exigidas. 

Outro lado

A vereadora Marcela Trópia usou as redes sociais para defender a ação e lamentar a decisão da Justiça.

"Infelizmente não conseguimos a liminar para suspender os efeitos do decreto que suspende o retorno das aulas presenciais. Vou avaliar junto à minha equipe se iremos recorrer, mas isso não diminui nem 1% a minha vontade de continuar lutando para que a gente consiga reverter a decisão descabida e irresponsável do prefeito Alexandre Kalil”, disse por meio do Instagram. 

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