Em entrevista concedida na sede da prefietura logo após o encontro, Gabriel criticou a maneira com que as empresas de ônibus estão forçando o aumento da tarifa. Para o vereador, se elas não gostarem das novas proposições, devem largar o contrato de concessão.

“O prefeito topou fazer o que tinha que ter coragem. Tá ruim? Tá chorando? Larga o osso. Empresários, larguem o osso e libertem a população de um serviço que é uma porcaria. A passagem tem que ser justa e ter qualidade”, disse.

Na próxima segunda (8), a tarifa será tema de uma reunião entre Gabriel, PBH e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH). O vereador destacou a importância do encontro.

“Não seremos chantageados. A reunião de segunda é fundamental para deixar claro que queremos esses números de maneira clara. Chega de empresário achar que manda em BH. Isso acabou. Não somos capachos. O serviço tem que ter qualidade e a tarifa não pode ser um assalto”, disse.

Reunião com a prefeitura
Após a reunião realizada nesta manhã, a PBH disse que vai criar uma comissão com objetivo de suspender o atual contrato do transporte público por ônibus na capital. O decreto, discutido em reunião entre o prefeito Fuad Noman (PSD) e o vereador Gabriel Azevedo (sem partido) nesta quarta, pode ser publicado no Diário Oficial do Município desta quinta-feira (4).

Com isso, há chances de ser aberta uma nova licitação para empresas interessadas em prestar o serviço na cidade. O vínculo atual é válido até 2026. O prefeito Fuad Noman, que não falou com a imprensa após a reunião, ainda pediu urgência na Câmara para a tramitação do Projeto de Lei 332/2022, de autoria do próprio Gabriel, que autoriza a prefeitura a “encampar” todo o aparato das empresas caso elas optem por paralisar o serviço. A votação do PL vai para o plenário na sexta-feira (5), e a redação final na terça-feira (9).