Bairro Dom Bosco

'Lixão' às margens do Anel Rodoviário tem descarte até de iogurte vencido

Raíssa Oliveira
raoliveira@hojeemdia.com.br
12/05/2023 às 13:23.
Atualizado em 12/05/2023 às 14:08
 (Valéria Marques / Hoje em Dia)

(Valéria Marques / Hoje em Dia)

Sacos de lixo, resto de comida, entulho, garrafa pet, móveis velhos e até iogurte vencido. O descarte irregular de lixo às margens do Anel Rodoviário tem deixado os moradores do bairro Dom Bosco, na região Noroeste de Belo Horizonte, apreensivos. Eles reclamam, também, de animais peçonhentos e do risco de doenças, como dengue e chikungunya causados pela irregularidade.

A situação foi denunciada ao Hoje em Dia por moradores e funcionários de comércios localizados bem próximo a sujeira, na rua Alvarenga. O gerente de logística Gustavo Henrique conta que os resíduos são despejados constantemente no local por dezenas de pessoas e inclusive por caminhões que são usados para levar o material até o "lixão". 

"Pessoas encostam o caminhão, jogam lixo, sofá e todo o tipo de material. Hoje tem até produtos perecíveis, como iogurte. Isso dá bicho. Além do visual ficar feio, tem a poluição do ambiente. Trabalho aqui perto há dois anos e convivo com isso diariamente", conta. 

(Valéria Marques / Hoje em Dia)

(Valéria Marques / Hoje em Dia)

Funcionário de uma oficina próximo ao local, Salomão Andrade, de 39 anos, relata que até animais mortos são jogados no local, causando mal cheiro.

 "Cada dia que passa está aumentando os bichos mortos que estão jogando ali. Às vezes temos que ir lá enterrar o bicho porque fica um mal cheiro insuportável. Essa semana descarregaram iogurte e ficou um cheiro muito ruim. Fora a quantidade de animais que tem aparecido por isso", reclama. 

Além da poluição, o descarte irregular aumenta a proliferação de insetos e animais peçonhentos, que podem colocar em risco a saúde dos cidadãos. Salomão lembra que a cidade vive uma "explosão" de casos de doenças causadas pelo Aedes Aegypti e teme que os descartes irregulares possam contribuir para agravar o problema. 

"A dengue está no auge e ainda tem isso para piorar. Tem mais de três anos que está assim, desde que derrubaram uma cerca que ficava ali. A prefeitura vem, recolhe o lixo, mas não cercam. De dois em dois meses eles fazem o recolhimento do lixo, mas fica muito tempo essa sujeira", lamenta.

Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Belo Horizonte informou se tratar de um local crítico de depósito clandestino de resíduos e que a Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) realiza a limpeza do local semanalmente - a desta semana está programada para esta sexta-feira (12).

A PBH informou, também, que uma equipe de fiscalização irá realizar nova vistoria nesta tarde. E reforçou que denúncias de "lixões" clandestinos como este podem ser realizadas no Portal de Serviços, pelo telefone 156 ou no PBH APP.

Dengue em BH
De acordo com o último boletim epidemiológico, divulgado no dia 5 de maio, BH registra mais de 3 mil casos de dengue em 2023. Três mortes foram confirmadas. Há 13 mil casos notificados pendentes de resultados de exames laboratoriais. 

Em relação a chikungunya, já foram confirmados mais de 1,2 mil casos. Outros 1,2 mil casos em investigação.

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