Religiosidade

Maior santuário do mundo em homenagem a Santa Rita de Cássia será inaugurado em Minas

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
19/05/2022 às 18:28.
Atualizado em 19/05/2022 às 18:38
O novo santuário ocupa uma área de 180 mil m² em Cássia, no Sudoeste de Minas (Santuário de Santa Rita de Cássia / Divulgação)

O novo santuário ocupa uma área de 180 mil m² em Cássia, no Sudoeste de Minas (Santuário de Santa Rita de Cássia / Divulgação)

Nesta sexta-feira (20) será inaugurado em Cássia, no Sudoeste de Minas, o maior santuário do mundo dedicado à monja agostiniana Margarida Lotti, mais conhecida pelos seguidores como Santa Rita de Cássia.

Segundo a programação do evento, as celebrações começam ainda na sexta, com uma benção das 50 lojas de artigos religiosos e da praça de alimentação, às 20h, e com a apresentação musical da banda Maestro Godofredo de Barros e da Fanfarra dos Veteranos às 21h.

No sábado (21), às 9h, será realizada uma missa solene de sagração do novo santuário, presidida pelo bispo diocesano dom José Lanza Neto. Às 15h, será feita a adoração ao Santíssimo Sacramento. Na parte da noite, às 19h, uma missa abençoará os voluntários e, às 21h, o público poderá conferir o show da cantora gospel Adriana Arydes.

Interior do santuário de Santa Rita de Cássia em Minas (Santuário de Santa Rita de Cássia / Divulgação)

Interior do santuário de Santa Rita de Cássia em Minas (Santuário de Santa Rita de Cássia / Divulgação)

As celebrações terminam no próximo domingo (22), dia do aniversário de morte de Santa Rita de Cássia. Os fiéis poderão assistir à missa das rosas, às 9h, também presidida pelo bispo dom Lanza Neto. Às 11h, uma cerimônia oficializará a doação do novo santuário de Santa Rita de Cássia à diocese de Guaxupé. Em seguida haverá uma apresentação do músico Bruno Bioza.

Na parte da tarde do domingo, às 15h, uma missa será realizada na matriz da cidade e, às 18h, uma procissão luminosa seguirá em direção ao novo santuário. Para finalizar as comemorações e o dia da padroeira, às 19h, os fiéis poderão conferir a missa de encerramento.

(Santuário de Santa Rita de Cássia / Divulgação)

(Santuário de Santa Rita de Cássia / Divulgação)

A expectativa é que cerca de 100 mil pessoas participem dos três dias de evento.

O novo santuário ocupa uma área de 180 mil m², sendo 100 mil de edificação. Ele abriga um centro comercial, a casa do clero, um velário e a réplica da casa de Santa Rita de Cássia. Com capacidade para até cinco mil pessoas sentadas, duas mil em pé, o espaço religioso conta ainda com vestiários, fraldário, praça de alimentação, heliponto e estacionamento para 200 ônibus e até mil carros.

Sobre a santa
Margarida Lotti nasceu na periferia de Roccaporena, na Itália, por volta de 1371. Seu apelido desde pequena era “Rita”, como um diminutivo do nome de batismo. Seus pais eram camponeses e procuraram dar uma boa educação escolar e religiosa à filha na cidade vizinha de Cássia (Cascia em italiano).

Aproximadamente em 1385, a jovem se casou com Paulo de Ferdinando de Mancino. Apesar das crises no casamento, Rita Lotti se apegava às orações e mantinha a serenidade e capacidade de apaziguar. Ela teve dois filhos: Giangiacomo e Paulo Maria. Porém, problemas políticos da época causam o assassinato do esposo de Rita.

Santa Rita de Cássia nasceu Margarida Lotti e viveu 15 anos com uma chagas na testa (Facebook / santuariocassia.com.br / Reprodução)

Santa Rita de Cássia nasceu Margarida Lotti e viveu 15 anos com uma chagas na testa (Facebook / santuariocassia.com.br / Reprodução)

Uma doença causou a morte dos filhos Giangiacomo e de Paulo Maria. Sozinha, a italiana intensificou sua vida de oração e, aos 36 anos, pediu para ser admitida na comunidade das monjas agostinianas do Mosteiro de Santa Maria Madalena, em Cássia. Porém, seu pedido foi recusado num primeiro momento, porque as religiosas temiam que o convento fosse mal visto por receber a viúva de um homem assassinado. No entanto, mais tarde, Rita conseguiu entrar para o mosteiro.

Com o passar dos anos, ela se mostrou uma religiosa humilde, zelosa na oração e nos trabalhos que lhe eram confiados, incluindo constantes jejuns e penitências. Suas virtudes também extrapolavam os muros do convento. Rita participava de obras de caridade, visitava idosos, cuidava dos enfermos e assistia aos pobres

Em 1432, durante uma oração, ela recebeu uma chagas (ferida) na testa, no mesmo local da coroa de espinhos de Cristo. O estigma permaneceu, por 15 anos, até a morte de Rita, na noite de 21 para 22 de maio de 1447. Ela foi beatificada em 16 de julho de 1627 e seu corpo incorrupto pode ser visitado na basília de Cássia, na Itália.

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