Mais de 9 mil detentos e menores infratores em unidades socioeducativas retomam os estudos em Minas

Raquel Gontijo*
raquel.maria@hojeemdia.com.br
14/10/2021 às 16:21.
Atualizado em 05/12/2021 às 06:03
 (Divulgação / SEJUSP)

(Divulgação / SEJUSP)

Foi realizado nessa quarta (13) e nesta quinta-feira (14), o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos para Pessoas Privadas de Liberdade (Encceja PPL). No total, 178 unidades prisionais e 21 socioeducativas foram envolvidas na ação. Ao todo, 9.747 detentos e 182 adolescentes que cumprem medidas socioeducativas no Estado têm o objetivo de obter o certificado do ensino fundamental e médio.

O governo estadual explica que, neste ano, o número de inscritos no Encceja foi alto e que isso representa também o número de alunos matriculados nas escolas atualmente: 5.702 matriculados em 122 escolas instaladas dentro das unidades prisionais mineiras. 

A penitenciária de Contagem I (Penitenciária Nelson Hungria) foi a que teve o maior número de candidatos, com 546 inscritos. De acordo com Ury Ribeiro, um dos diretores da penitenciária, a grande adesão é fruto do trabalho de toda a equipe. “Entendemos que a educação é um grande mecanismo para a ressocialização dos internos, justamente por isso apoiamos o retorno aos estudos com dedicação, zelo, carinho e com esperança de trazer um mecanismo de mudança de vida para eles. O estudo é uma força que pode levar a um futuro melhor, diferente e longe da criminalidade”, declarou. 

Neste quarta-feira (14), nove adolescentes do Centro Socioeducativo de Governador Valadares, fizeram a prova. Renato Douglas Barbosa, diretor da unidade, aponta a importância do Encceja, sobretudo, no contexto socioeducativo. “Os garotos apresentam defasagens escolares e, com o exame, têm a oportunidade de avançar no processo de escolarização”, esclarece. Segundo ele, o exame estimula a continuidade aos estudos, criando e ampliando oportunidades na vida através da educação. 

Para a diretora de Ensino e Profissionalização do Departamento Penitenciário de Minas Gerais, Regina Duarte, a educação tem o poder de transformar a sociedade, tornando o cidadão mais crítico e consciente da sua própria história. “É um processo em constante desenvolvimento, que envolve o conhecer, o fazer, o conviver e o ser”, enfatiza.

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