
A Polícia Civil de Minas Gerais informou que mais um laudo constatou a existência de monoetilenoglicol da cadela Mallu, da raça shitsu, de 5 anos, que morreu no último dia 6 de setembro. O produto é impróprio para o consumo em alimentos. Segundo a polícia, a tutora do animal registrou um boletim na Delegacia Especializada na Defesa do Consumidor.
Segundo as investigações, a cadela consumiu o petisco Everyday, da empresa da Bassar Pet Food. Segundo a tutora, o animal teve vômitos, diarreia e convulsões por causa da intoxicação. Os gastos com o tratamento chegaram a cerca de 10 mil reais.
Segundo as análises feitas pela polícia, foi encontrada a presença de monoetilenoglicol, “produto químico usado como anticongelante automotivo”.
Caso o produto seja inalado, de acordo com a polícia, pode causar vários sintomas como náusea, vômito, dor abdominal , fraqueza e sensibilidade muscular, convulsões e colapso pulmonar. Sem tratamento no período de 8 a 24 horas, a polícia explica, que o animal pode morrer.
Investigações
As investigações tentam identificar o que poderia ter causado a intoxicação por monoetilenoglicol nos petiscos da Bassar Pet Food. A polícia investiga se os certificados de lotes de propilenoglicol vendido pela empresa Tecnoclean sofreram algum tipo de adulteração. A principal suspeita é de que o produto fabricado para alimentação de cães não seja apropriado para a indústria de alimentos.
O Ministério da Justiça e da Segurança Pública determinou que a Bassar Pet Food recolhesse, de forma compulsória, todos os produtos da marca com data de fabricação a partir de fevereiro.
A determinação de recolhimento dos produtos pelo órgão veio por meio da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), diante dos indícios de contaminação da substância propilenoglicol - utilizada para produção de petiscos veterinários e produtos de consumo humano - por etilenoglicol.
A Bassar inform ou que fez o recolhimento voluntário de todos os itens produzidos a partir de fevereiro, conforme orientação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Ainda segundo a Bassar, os distribuidores foram notificados, os itens estão sendo retirados das lojas, além de ter sido iniciado um processo de ressarcimento dos consumidores.
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