Trabalhadores em Educação realizaram uma manifestação na manhã desta segunda-feira (4) contra a exoneração de diretores de escolas estaduais em diversas regiões de Minas Gerais. O ato ocorreu em frente à Superintendência Regional de Ensino (SRE), no bairro Gameleira, região Oeste de Belo Horizonte.

Durante o protesto, um carro de som do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG) circulou pelas proximidades enquanto líderes da entidade discursaram sobre o assunto.

"As atribuições do diretor vão muito além do que vigiar quem está preenchendo diário no sistema. Os diretores estão a muito tempo carregando as escolas nas costas. A educação em Minas só tem funcionado porque temos diretores que amam de fato", disse uma líder sindical durante o protesto.

Conforme a categoria, diversos casos de desligamento de servidores aconteceram em diversas cidades do Estado, sobretudo, em instituições abrangidas pela Superintendência Metropolitana B da Secretaria de Educação.

Ainda segundo o sindicato, as escolas afetadas fazem parte do projeto do governo do Estado de "destruição dos princípios de direitos consagrados na educação pública, como a gestão democrática".

Em nota, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) informou que, em todo o Estado, foram sete exonerações e que "a mudança na gestão de algumas escolas ocorreu em virtude de situações relacionadas ao descumprimento do dever e das responsabilidades de gestores".

Ainda conforme a SEE, as exonerações se deram após não preenchimento, dentro do prazo determinado pela secretaria, do Diário Escolar Digital (DED). Segundo a SEE, "o DED é a ferramenta que possibilita o acompanhamento da frequência e nota dos estudantes e que orienta as ações pedagógicas e de continuidade de estudos". Além disso, "é por meio dele que são identificadas situações de infrequência, abandono e evasão escolar e perdas de aprendizagem".

A SEE disse que, nesses casos de "não cumprimento das regras", adotam-se as "medidas gerenciais necessárias".