
O massagista de 52 anos denunciado por duas mulheres, em maio, em Belo Horizonte, foi indiciado nesta quarta-feira (22) por violação sexual mediante fraude, também conhecido como estelionato sexual, contra três vítimas. O homem já havia sido condenado pelo mesmo crime em 2019. Na época, ele trabalhava em uma clínica de estética no São Pedro, região Centro-Sul da capital.
De acordo com a delegada responsável pelo caso, Cristiana Angelini, alguns fatos são datados de 2020, mas não impediram o indiciamento. O suspeito aguarda o andamento do processo em liberdade.
Nas denúncias atuais, duas vítimas alegaram que, durante as sessões de massagem modeladora, o homem passou a mão nas partes íntimas delas, chegando a introduzir o dedo na vagina. De acordo a advogada das vítimas, Talita Arcanjo, além de usar o cargo de massagista, o suspeito ainda se declarava homossexual para "ganhar a confiança" das clientes.
Ainda conforme a advogada, as mulheres nunca autorizaram massagens íntimas, apenas optaram pelo serviço do tipo modelador.
Uma das mulheres contou que enfrentou dois momentos de assédio sexual. No primeiro, em 2018, estranhou a quantidade de óleo que o suspeito usou na massagem e o quão próximo de suas partes íntimas ele estava passando a mão. Já em 2020, quando trabalhava como produtora de conteúdo para redes sociais, a vítima contou que aceitou uma parceria com o massagista e que, durante a sessão, ele colocou a mão debaixo de seu biquíni e tocou a vagina dela.
No boletim de ocorrência aberto por essa vítima, ela disse para o suspeito que tinha que sair, mas ele insistiu em finalizar a massagem com ela de bruços. Nesse momento, a mulher afirma que ele introduziu o dedo em sua vagina e, após ser questionado, o massagista afirmou que sabia que ela havia sofrido traumas na infância e que gostaria de "destravá-la sexualmente", o que o deixaria "muito feliz se pudesse curá-la".
Mais vítimas
Segundo Talita Arcanjo, cerca de 10 mulheres foram vítimas do mesmo homem. Ela conta que um quarto e um quinto inquéritos estão em andamento e devem ser finalizados ainda esta semana.
A advogada explicou que as demais vítimas ainda estão muito receosas em fazer as denúncias oficiais na Polícia Civil. "O que nós queremos é que, com a visibilidade que o caso está ganhando na mídia, mais meninas sejam encorajadas a denunciar".
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