Custo de vida

Medicamentos podem ter aumento de quase 11% a partir desta quinta

Raquel Gontijo
raquel.maria@hojeemdia.com.br
30/03/2022 às 18:57.
Atualizado em 30/03/2022 às 19:07

Representantes de indústria farmacêutica anunciaram nesta quarta-feira (30) um reajuste de 10,89% nos preços dos medicamentos. Em nota, o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma) informa que a recomposição dos valores poderá ser aplicada em cerca de 13 mil produtos disponíveis no mercado a partir desta quinta-feira (31).

No entanto, o reajuste não é automático e nem imediato, já que o preço final é regulado pela concorrência entre os estabelecimentos, explica o sindicato. 

Os medicamentos estão com preços congelados há 12 meses. Reajustes que afetem o preço máximo ao consumidor não podem ser feitos sem autorização do governo federal. A recomposição anual de preços, como a prevista para esta quinta, é definida pelo governo, que usa uma fórmula que permite calcular o índice oficial do reajuste.

O presidente executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini, conta que, dependendo da reposição de estoques e das estratégias comerciais dos estabelecimentos, "aumentos de preço podem demorar meses ou nem acontecer". Ainda assim, ele sugere que o consumidor pesquise nas farmácias e drogarias as melhores ofertas de remédios receitados por médicos.

Pandemia
De acordo com o sindicato, durante os dois anos de pandemia de Covid-19, a oferta de medicamentos se manteve regular e os preços aumentaram menos de outros produtos e serviços, como alimentos e transportes.

"Nem a enorme pressão de custos das matérias-primas, do câmbio e da logística global no período, entre outros insumos, gerou instabilidades nos preços desse bem essencial para o enfrentamento do SARS-CoV-2 e para a população brasileira", diz a nota do Sindusfarma.

O sindicato calcula que, no acumulado de 2020 a 2021, os remédios subiram em média 3,75%, enquanto a inflação no Brasil saltou para 15,03%. No mesmo período, os alimentos subiram 23,15% e os transportes, 22,28%, de acordo com o IBGE.

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