transporte público

Metroviários distribuem bananas na Praça da Estação em protesto contra privatização do metrô de BH

Raquel Gontijo
raquel.maria@hojeemdia.com.br
29/09/2022 às 18:28.
Atualizado em 29/09/2022 às 18:31
 (Fernando Michel / Hoje em Dia)

(Fernando Michel / Hoje em Dia)

Em protesto contra o leilão de privatização do metrô de Belo Horizonte, marcado para dezembro deste ano, metroviários distribuíram bananas aos usuários do transporte público, na Praça da Estação, região Central, na tarde desta quinta-feira (29). 

Segundo o diretor de comunicação do Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindimetro), Pablo Henrique Ramos de Azevedo, a desestatização é um "assalto aos cofres públicos". 

"Estava previsto, lá trás, em um estudo do BNDES, o lance mínimo de R$ 24 milhões, e rebaixaram para R$ 19 milhões. Estão querendo doar a empresa pública. Estão vendendo a preço de banana. Não paga nem um trem", alertou o sindicalista.

A objeção ao preço da venda do metrô, segundo o sindicalista, é que o patrimônio da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU-MG), que opera o metrô de BH, chegou a ser avaliado em R$ 750 milhões pelo BNDES. 

(Fernando Michel / Hoje em Dia)

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Jéssica Macedo Santos, de 31 anos, usa metrô todos os dias para ir e voltar do trabalho. Ela conta que acompanha as etapas da privatização do transporte público e entende a paralisação dos metroviários, que estão em greve desde o dia 25 de agosto. 

“Eu acho um completo absurdo, mas não tem como esperar menos do atual Governo, que não se importa com os trabalhadores, não se importa com o que a gente está pagando, principalmente no caso do metrô, que as pessoas usam para trabalhar”, desabafou.

Thiago Coimbra, de 36 anos, natural de Montes Claros, no Norte de Minas também concorda com o movimento dos metroviários e se declara contra a privativação do metrô.

“Nós somos contra, porque, da forma como isto está sendo feito, não tem como nós, enquanto população e usuários, aceitar essa venda”, declarou.

Ainda nesta quinta, a categoria vai discutir os rumos da greve. Atualmente, o metrô funciona apenas com 60% da capacidade, conforme determinação da Justiça.

(Fernando Michel / Hoje em Dia)

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