
Metroviários de Belo Horizonte decidiram em assembleia, nesta quarta-feira (20), pelo indicativo de greve. Uma nova assembleia será realizada no dia 1º de agosto, quando a categoria irá decidir de vai cruzar os braços, novamente.
Os funcionários revindicam o pagamento do auxílio-alimentação. O benefício deveria cair na conta dos trabalhadores nesta quarta-feira (20). Mas, conforme a categoria, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) informou que o benefício só deverá começar a ser pago no dia 30.
Caso a CBTU não regularize a situação até a próxima assembleia, marcada para dia 1º de agosto, uma segunda-feira, os metroviários podem entrar em greve.
“Isso configura um prejuízo para o trabalhador, que conta com esse valor para colocar comida dentro de casa”, afirmou o secretário-geral do Sindimetro, Daniel Glória.
Em nota, a CBTU informou que “tomará todas as medidas administrativas e judiciais possíveis, a fim de garantir a manutenção do serviço de transporte sobre trilhos à população da Região Metropolitana de Belo Horizonte, caso haja deflagração de greve”.
Histórico de greves
O metrô de BH acumula recentes greves. A última delas durou parte de março e todo mês de abril. A insatisfação dos metroviários com a maneira pela qual o processo de privatização foi conduzido motivou a paralisação à época.
Conforme o governo federal, o leilão da CBTU, Regional Minas Gerais, promoverá melhorias da linha 1 e ampliação da linha 2 do metrô, que deve ficar pronta seis anos após a concessão, segundo estimativa feita pelo Estudo de Custos – Benefícios, conduzido pelo Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES).
Os trabalhadores da CBTU, no entanto, temem perder os empregos. Isso porque, no edital de privatização, não está prevista a certeza de manutenção dos funcionários.