Manutenção dos empregos

Metroviários protestam em Brasília contra privatização do metrô de BH

Raíssa Oliveira
raoliveira@hojeemdia.com.br
08/03/2023 às 12:41.
Atualizado em 08/03/2023 às 13:05
 (Divulgação / Sindimetro)

(Divulgação / Sindimetro)

Trabalhadores do metrô de Belo Horizonte fazem um protesto na nesta quarta-feira (8) em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília. Os manifestantes querem que presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) interfira no processo de privatização do transporte. 

Com faixas, camisas e gritos de ordem, os metroviários pedem a manutenção dos empregos de 1,6 mil funcionários da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). Em assembleia realizada na tarde desta terça-feira (7), eles mantiveram a greve, que completa 22 dias. 

Cerca de cem servidores foram à capital federal, segundo o Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG).

Os líderes do sindicato participam de audiência de conciliação, mediada pelo Ministério Público do Trabalho com representantes do governo federal, para tentar formalizar um acordo. 

"A reunião conta com várias autoridades, o chefe da Casa Civil, o sindicato, deputados, senadores para resolver o problema da transferência dos trabalhadores da CBTU de BH para outras unidades da CBTU no Brasil ou para unidades de outras empresas federais aqui na Grande BH. Também queremos a elaboração de um plano de demissão voluntária", informou o sindicato.

A expectativa é que, caso um acordo seja firmado entre as partes, uma nova assembleia da categoria seja marcada para esta sexta-feira (10), e delibere pelo fim da paralisação. 

Greve

A greve do metrô de BH começou em 14 de fevereiro. Desde então, nenhuma viagem é realizada nas estações. A greve atinge cerca de 100 mil usuários que dependem do transporte para se locomover na capital. 

A reivindicação, neste momento, é pela revogação do leilão do metrô de BH, realizado em 22 de dezembro do ano passado e que foi vencido pela Comporte Participações S/A, de São Paulo, pelo valor de R$ 25.755.111.

No dia 15 de fevereiro, o TRT-MG (Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais) concedeu uma liminar que determina a escala mínima de funcionamento diário de 70% dos trens. No entanto, a medida não é cumprida pela categoria e as estações seguem fechadas. 

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