'Meu Deus, o que eu fiz', diz motorista de ônibus ao perceber que matou criança no bairro Céu Azul

José Vítor Camilo
25/11/2019 às 18:50.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:48
 (REPRODUÇÃO / REDE GLOBO)

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Cerca de 40 metros foi a distância percorrida por um motorista de ônibus arrastando uma mulher e uma criança após parar em um ponto final no bairro Céu Azul, na região da Pampulha, em Belo Horizonte, na noite desse domingo (24). Apesar do deslocamento considerado pequeno, a distância foi suficiente para ferir uma mulher de 20 anos, que ficou presa pelo pé na porta do coletivo e foi arrastada, e matar o filho dela, de 1 ano e 11 meses. Ao perceber o que aconteceu, o condutor de 29 anos entrou em estado de choque. "Meu Deus, o que eu fiz? Pelo amor de Deus", teria dito o motorista, segundo o relato de uma testemunha à polícia. 

O caso aconteceu por volta das 19h na rua Padre Paulo Rególio, quando o motorista que conduzia o ônibus da linha 608 (Nova Pampulha/Venda Nova) parou para alguns dos cerca de 25 passageiros que transportava descerem. De acordo com a Polícia Militar (PM), em seu depoimento o homem disse ter verificado os três espelhos para certificar que todos já tinha saído do veículo, fechando a porta e arrancando em seguida. REPRODUÇÃO / REDE GLOBO
A criança estava nos braços da mãe, que acabou caindo ao ficar com um dos pés presos na porta do coletivo

Porém, logo em seguida ele passou a ouvir gritos dos passageiros para que ele parasse o coletivo. Com o pé preso na porta, a mãe disse que o filho estaria "lá em cima", apontando para trás. Quando o motorista, a mãe e uma pessoa que passavam pela rua alcançaram o bebê, o encontraram com diversos ferimentos pelo corpo. A suspeita é que o ônibus tenha passado sobre a vítima. 

Em seu relato, a mãe do garotinho disse que estava com a criança de colo e esperou o ônibus parar para desembarcar. Porém, quando chegou no último degrau, sentiu o pé esquerdo ficar preso na porta. Ela se desequilibrou e caiu, momento em que o menino acabou se desprendendo de seus braços. 

Ouvido e liberado

O motorista do ônibus, que passou pelo teste do bafômetro e nada foi constatado, acabou sendo levado para a delegacia do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG) .

Lá, ele prestou depoimento e foi liberado em seguida. Agora, está à disposição da Justiça. 

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