Minas tem Dia D contra dengue, Zika e chikungunya neste sábado
Ação em nível nacional intensifica prevenção em estados e municípios, e convoca a população a se unir no combate ao mosquito Aedes aegypti

O Ministério da Saúde realiza, neste sábado (8), o Dia D nacional de combate ao mosquito Aedes aegypti. Ação integra a nova campanha de prevenção e controle das arboviroses, contra dengue, Zika e chikungunya”. Na capital mineira, a prefeitura informou que vai intensificar vistoria em imóveis, e os Agentes de Combate a Endemias (ACE) vão reforçar informações sobre os riscos de deixar água parada em vasos e pneus, por exemplo, além de orientar como eliminar os focos do vetor.
Nos casos necessários, será feita a aplicação de biolarvicidas. Segundo a Prefeitura de BH, as vistorias regulares já foram realizadas em 3, 7 milhões de imóveis desde janeiro.
“Estamos fazendo essa mobilização antes mesmo do período de maior transmissão da dengue, que ocorre no primeiro semestre. Este é o momento de conscientizar e engajar a população e os municípios para identificar os pontos críticos e eliminar os criadouros do mosquito”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Segundo ele, o uso de novas tecnologias, como a Wolbachia, é essencial para conter a transmissão do vetor.
Tecnologia e vigilância ampliada
O Método Wolbachia é uma estratégia de controle biológico que usa a bactéria Wolbachia para impedir a transmissão de doenças como dengue, zika e chikungunya pelo mosquito Aedes aegypti. A bactéria é introduzida no mosquito, que, com o tempo, se torna incapaz de transmitir os vírus dessas doenças, reduzindo o risco para a população.
Em todo o país, segundo o Ministério da Saude, mais de 370 mil profissionais atuam diariamente na prevenção das arboviroses em todos os 5.570 municípios brasileiros. Os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) orientam as famílias durante visitas domiciliares, distribuem materiais informativos e estimulam a participação da população. Já os Agentes de Combate às Endemias (ACE) realizam inspeções, aplicam larvicidas e registram dados que subsidiam o planejamento das ações de vigilância.
PBH identifica áreas com maior concentração do Aedes
Cerca de 0,6% de 53 mil imóveis visitados em Belo Horizonte apresentaram a presença da larva do mosquito transmissor da dengue, zika e Chikungunya, segundo o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) de 2025. O estudo é feito anualmente pela Prefeitura para identificar as áreas com maior concentração de focos e os tipos de criadouros mais comuns. O resultado classifica a capital como área de baixo risco.
De acordo com os padrões do Ministério da Saúde, índices iguais ou superiores a 4,0% indicam risco alto; entre 1,0% e 3,9%, risco médio; e inferiores a 1,0%, risco baixo.
País passa de 1,6 milhão de casos prováveis de dengue
Até o dia 30 de outubro, o Brasil registrou mais de 1,6 milhão de casos prováveis de dengue, o que representa uma redução de 75% em relação a 2024. No mesmo período, foram contabilizados cerca de 1,6 mil óbitos confirmados, queda de 72% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Os estados com maior número de casos são: São Paulo (890 mil), Minas Gerais (159,3 mil), Paraná (107,1 mil), Goiás (96,4 mil) e Rio Grande do Sul (84,7 mil).
Mesmo com a redução dos casos, o Ministério da Saúde faz um alerta para as ações de prevenção. Isso porque segundo o 3º Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), realizado entre agosto e outubro, 30% dos municípios brasileiros estão em estado de alerta para a dengue.
Em 3,2 mil cidades, mais de 80% das larvas estavam em recipientes como vasos de plantas, pneus, garrafas, caixas d’água, calhas, ralos e até folhas de bromélias e cavidades de árvores.
* com informações do Ministério da Saúde e PBH
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