Uma ocorrência de tráfico de drogas terminou em confusão na tarde deste domingo (18), no bairro Ventosa, região Oeste de Belo Horizonte. Moradores do bairro questionam a abordagem policial e denunciam possível abuso de autoridade por parte dos militares.

Imagens que circulam nas redes sociais mostram os moradores irritados com toda a situação. Alguns deles questionam a agressividade dos militares na hora de imobilizar os suspeitos. Um dos agentes chegou a colocar o joelho nas costas de um rapaz que estava imobilizado no chão.

De acordo com o boletim de ocorrência, os policiais faziam um patrulhamento de rotina quando viram dois suspeitos encostados em um carro, com o condutor dentro. O local é conhecido pelo intenso tráfico de drogas na região.

Um dos suspeitos entregou algo para o homem que estava no veículo e correu para dentro de um bar. Os militares abordaram o motorista e encontraram uma bucha de maconha no interior do veículo. O homem, de 48 anos, confirmou ser usuário de drogas e que a substância era seu próprio consumo. Ele indicou que havia comprado os entorpecentes no mesmo bairro.

Segundo o que consta no BO, o suspeito começou a ser ameaçado por populares que passavam no local e mudou sua versão, negando que tivesse feito a compra com traficantes da Ventosa. Ele ainda disse que temia represálias.

O outro suspeito, que havia fugido para um bar, também foi abordado. Com ele não foi encontrado nada de ilícito. Porém, ele recebeu voz de prisão, reagiu e tentou fugir. Ainda de acordo com o registro policial, durante a confusão, a câmera de um dos policiais foi danificada.

Uma confusão generalizada tomou conta do local. A situação só foi controlada após a chegada de reforço policial. O suspeito de vender as drogas foi algemado e preso.

Em nota, a Polícia Militar esclareceu que a prisão foi efetuada "conforme prevê a legislação" e que foi necessário o uso de algemas "para conter a resistência ativa de um dos suspeitos". A PM informou ainda que as imagens da câmera policial se encontram à disposição das autoridades.