Terça, na Praça 7

Movimentos sociais marcam protesto contra reajuste na tarifa do ônibus

Pedro Faria
pfaria@hojeemdia.com.br
24/04/2023 às 11:38.
Atualizado em 24/04/2023 às 11:52
 (Lucas Prates/Hoje em Dia)

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

Após o aumento das passagens de ônibus em Belo Horizonte, que começou a valer nesse domingo (23), movimentos sociais da capital marcaram um protesto contra o reajuste para essa terça-feira (25), às 18h, na Praça 7, no Centro da metrópole. Eles pedem que o prefeito Fuad Noman (PSD) revogue o aumento.

O reajuste, que está cinco vezes acima da inflação, foi definido na quarta-feira (19), após audiência no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). A passagem, que antes custava R$ 4,50, agora custa R$ 6. Também ficou definida a tarifa zero para linhas de vilas e favelas e ampliação do programa social "Cartão BHBus - Benefício Inclusão".

Segundo o Movimento Tarifa Zero, o ato de manifestação foi convocado pela Frente Ampla Contra o Aumento - uma articulação de diversas organizações e movimentos estudantis da capital. Os manifestantes querem a revogação do acordo e a reformulação do contrato com as concessionárias.

Para Francisco de Assis, da Associação de Usuários do Transporte Coletivo, a desculpa dada pelas empresas que dizem passar por um momento financeiro complicado não é verdade. “O reajuste não se sustenta tecnicamente porque ele desobedeceu o princípio da razoabilidade. Nenhuma tarifa pode ser reajustada acumulando as inflações do período. A crise que os empresários tanto falam não existem. Nenhum ramo da economia é tão estável e lucrativo quanto o transporte coletivo. Eles já tiveram duas auditorias financeiras que não alertaram sobre a crise”, disse.

Para que a PBH ajude a custear parte das passagens, a Câmara Municipal de BH precisa aprovar o Projeto de Lei encaminhado pelo executivo que pedia um aumento de R$ 476 milhões nos cofres da capital. 

O reajuste voltou a ser discutido diante do fim do repasse do subsídio de R$ 237,5 milhões concedido pela prefeitura às concessionárias até 31 de março, que congelava as tarifas. As empresas alegam dificuldade de manutenção do sistema. 

Após o fim do repasse, o imbróglio se estendeu na Justiça. No começo de abril, as empresas do transporte receberam aval para cobrar R$ 6,90. A prefeitura recorreu e conseguiu retornar com o valor de R$ 4,50. 

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por