Nova polêmica

MP recebe denúncia de suposto esquema de ‘rachadinha’ no gabinete de Gabriel Azevedo

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
09/11/2023 às 16:01.
Atualizado em 09/11/2023 às 21:48

Mais uma polêmica envolvendo o nome do presidente da Câmara Municipal de Belo  Horizonte, Gabriel Azevedo (sem partido), veio à tona nesta quinta-feira (9). O Ministério Público confirmou, por e-mail (abaixo), ter recebido a denúncia de um suposto esquema de “rachadinha” no gabinete do vereador. O caso foi levado por um servidor, exonerado hoje (9).

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Em nota enviada pela assessoria de imprensa, na noite desta quinta (9), Gabriel Azevedo diz que é vítima de uma “farsa” e apresentou uma certidão (abaixo) segundo a qual o ex-servidor "não ratificou representação de qualquer natureza perante o MP, razão pela qual não foi instaurado qualquer procedimento interno". 

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Mais cedo, o ex-funcionário do gabinete de Gabriel Azevedo alegou ter apresentado provas de transferências bancárias e mensagens de texto por aplicativo trocadas com o ex-assessor do parlamentar, e hoje atual diretor geral da Câmara, Rafael Dayrell. Rafael, por sua vez, nega as acusações e afirma ter feito um boletim de ocorrência na polícia.  

O servidor exonerado disse que foi contratado para trabalhar na Câmara em abril, e que posteriormente foi abordado pessoalmente pelo assessor de Gabriel, que teria proposto o esquema. Ele alega que “não teve escolha, a não ser aceitar".

Nas supostas mensagens, o denunciante diz que Rafael cobrou a “devolução” de R$ 4 mil, em 31 de outubro. “Só pra te lembrar do nosso combinado... Preciso do pix de manhã pq tenho um compromisso cedo. R$ 4000. Posso contar com isso?", teria escrito o atual diretor-geral.

 (Reprodução / Redes Sociais)

(Reprodução / Redes Sociais)

(Reprodução / Redes Sociais)

O funcionário teria respondido a mensagem dois dias depois, com o comprovante de duas transações no valor de R$ 2 mil cada, e os dizeres “segue o restante da devolução, conforme combinado deste mês, no valor de R$ 4 mil".

Novamente, Rafael teria respondido: "Prezado. Desconheço qualquer devolução que você tenha que fazer a mim. O que há entre nós dois é um pagamento de dívida contraída por você para realizar consertos em sua casa que havia pegado fogo. A dívida contraída foi de R$ 12.850, na semana passada você me procurou e me entregou R$ 1,5 mil em espécie e hoje me enviou esse comprovante de R$ 2000. Sendo assim, a dívida passa de R$ 12.850 para R$ 9.350". 

(Reprodução / Redes Sociais)

(Reprodução / Redes Sociais)

A exoneração do servidor consta no Diário Oficial do Município, na portaria nº 21.336. Segundo Rafael Dayrell, a justificativa é que o funcionário recolheu todo o material de trabalho e pertences, além de não comparecer ao trabalho desde a última quarta-feira (1º). Já o servidor alega “retaliação” diante da denúncia ao MP. 

O que diz o diretor da Câmara

Rafael Dayrell afirma que o funcionário teria alegado problemas pessoais, familiares e financeiros, tendo inclusive afirmado que teve a casa destruída por um incêndio. Ele disse ter se sensibilizado com o caso e emprestado R$ 12 mil para “ajudá-lo”. O suposto empréstimo teria sido feito em julho deste ano. 

“A gente se mobilizou para ajudar. O pessoal do gabinete se juntou para emprestar dinheiro para ele. Foi uma história confusa, mas mesmo assim a gente ajudou”, explica o ex-assessor de Gabriel Azevedo. Dayrell acredita que o funcionário está sendo “usado” e “instruído por alguém” na tentativa de interferir no processo de cassação de Gabriel Azevedo. 

O que diz Gabriel

O presidente da Câmara Municipal, vereador Gabriel (sem partido), informou, durante a sessão ordinária de plenário nesta quinta-feira (9), que o diretor-geral, Rafael Dayrell, um procurador da CMBH estão, neste momento, no Ministério Público, prestando esclarecimentos da suposta denúncia de rachadinha feita por um ex-assessor, que também está sendo ouvido.

Gabriel afirma que esta é mais uma tentativa frustrada de tentar tirá-lo do cargo, associando a imagem da presidência a uma falsa denúncia de corrupção e promovendo um ataque à Câmara Municipal. "Não dá para ser inocente nos tempos em que estamos vivendo. As pessoas me conhecem e me conhecem muito bem. As minhas qualidades e meus defeitos são conhecidos. Todo mundo sabe e sabe com muita convicção que eu não sou corrupto. Tentar colocar em mim esta pecha é uma atitude frustrada", afirmou.

À noite, em nota enviada pela assessoria de imprensa, o vereador informou que "não houve uma denúncia contra o meu gabinete no Ministério Público de Minas Gerais", referindo-se à não ratificação da representação. "Esse foi mais um plano para me assassinar politicamente que deu errado", informa o texto. Procurado pelo Hoje em Dia, por telefone, na noite desta quinta, o vereador informou que não daria entrevista e que vai falar sobre o caso em uma coletiva nesta sexta. 

* Matéria atualizada às 17h01, com o posicionamento do vereador Gabriel, e posteriormente para incluir as informações da nota enviada pela assessoria na noite desta quinta 

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