Caso backer

MPMG e cervejaria Três Lobos firmam acordo para indenizar vítimas de intoxicação por dietilenoglicol

Raquel Gontijo
raquel.maria@hojeemdia.com.br
21/07/2023 às 12:04.
Atualizado em 21/07/2023 às 12:11
Depois das audiências de testemunhas de defesa, com encerramento previsto para 3 de abril, será marcado o interrogatório dos réus (Reprodução/Google)

Depois das audiências de testemunhas de defesa, com encerramento previsto para 3 de abril, será marcado o interrogatório dos réus (Reprodução/Google)

O Ministério Público de Minas Gerais e a Cervejaria Três Lobos firmaram um acordo para indenização das vítimas intoxicadas por dietilenoglicol, após consumo da cerveja Belorizontina, produzida pela empresa, em janeiro de 2020.

No acordo, a empresa reconhece a integralidade dos pedidos formulados na ação para o pagamento de danos patrimoniais e extrapatrimoniais. Mais detalhes do acordo serão repassados em coletiva com a imprensa na tarde desta sexta-feira (21).

Em janeiro, completou-se três anos desde que as primeiras vítimas começaram a aparecer. Ao todo, 10 pessoas morreram após ingerir o anticongelante que vazou na linha de produção e contaminou as cervejas da empresa.

Enquanto isso, na Justiça, as audiências com depoimentos das testemunhas de defesa do processo que apura os casos de contaminação terminaram em março deste ano. As oitivas se encerram com apenas 15 depoimentos em seis audiências.
O próximo passo será o interrogatório dos réus.

Julgamento
No caso da contaminação da Belorizontina por dietilenoglicol, 11 pessoas foram denunciadas, sendo três sócios-proprietários da empresa, acusados por crimes que incluem adulteração de bebidas alcoólicas.

Além dos sócios, sete encarregados da fabricação da cerveja foram denunciados por lesão corporal e homicídio culposo. Nenhum dos envolvidos foi acusado de crime doloso, quando há intenção de provocar a morte.

Em maio de 2022, quatro vítimas e 23 testemunhas de acusação prestaram depoimentos, incluindo parentes das vítimas, pessoas próximas e o delegado que conduziu o inquérito.

Em abril do ano passado, a Backer recebeu autorização para retomar a produção de bebidas na fábrica do Olhos D'Água.

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